Margaret Pelicano
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
INOCULAR SENTIMENTOS
Chego a pensar que o pouco tempo em que Jesus passou aqui na Terra, foi por dois motivos: Primeiro, ele não aguentou as miudezas, mesquinharias, malvadezas! Segundo, veio para inocular sentimentos nos corações humanos através dos exemplos, das parábolas, da tolerância...
Quanto à primeira parte nem quero entrar em detalhes. Tudo tão batido, repetido que me irrito ao escrever, ler, pensar sobre tais assuntos. Porém, penso que escrever é minha sina portanto não posso imiscuir-me da responsabilidade com assuntos políticos, econômicos sociais do mundo em que vivo. Agora, a segunda....quer coisa mais interessante do que ensinar ao outro a ter sentimentos? Num mundo frívolo, vazio, cada um pensando infinitamente em si mesmo, não que não seja importante, mas pensar só em si é doença. E doença séria!
Eu sempre disse aos meus alunos: ' temos que ser bons para os outros, nem que seja por egoísmo! Ao ser bom para o outro corre-se menos riscos de violência, assaltos, por que se a pessoa for de boa índole, ao trabalhar na casa de alguém, vai sempre se recordar que foi respeitado e bem acolhido naquela residência, portanto não vai invadir sua privacidade nem lhe dar prejuízos'! Se a passoa não for de boa índole é outra história.
Aí me lembro dos ensinamentos religiosos: A caridade começa em casa! Não adianta ser bonzinho para 'os de fora' e ser mauzinho em casa. Uma tia dizia: "Quem faz os de fora sorrir faz os de casa chorar". Então, é aí que entram os mais importantes sentimentos: se não há amor, há que se ter respeito; se não há tolerância, há que se desenvolver o silêncio refletido - a paciência! E assim por diante!
Todos somos responsáveis por inocular os melhores sentimentos no vizinho, no amigo, nos parentes. Quando uma pessoa perder a paciência, a colaboração, a boa vontade, outro deverá ter. E isto só se consegue através do dar e receber. Se eu um dia recebi, devo repassar. Devo dar o exemplo, por que esta é a melhor forma de educar.
Brasília - 18/01/2008
Marcadores: ENGAJADA - CRÔNICA
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