Margaret Pelicano

quinta-feira, 6 de março de 2008

Para o Dia Internacional da Mulher





A MARCHA DAS FLORES
Margaret Pelicano

Por ser tão delicada,
cheia de curvas,
como bela estrada,
tornou-se desejada,
motivo de ganância,
idéia de propriedade,
fizeram com que ela perdesse
os direitos de civilidade...

Por ser tão dócil antigamente
arrumaram rendas, laços, chapéus,
em alguns lugares até véu,,
para cobrir o corpo e o rosto,
escondendo belezas,
por onde navegantes
gostariam de viajar,
e sentir-se no céu...

Assim foi durante todos os séculos
com a mulher negra e a branca,
com a rica e a pobre,
escravidão que não se cansa
de impingir sofrimento
a ela e seus rebentos,
e que faz da vida
um insustentável lamento!

Na época da escravidão,
ocultar-lhes a beleza
era necessária proteção,
se não os abusos do patrão
aumentariam seus sofrimentos,
para culminar,
ele poderia se apaixonar
provocando os ciúmes das senhoras,
que as poderiam mandar matar!

Arrancar-lhes os filhos,
mandá-los para longe,
separar as famílias,
abominável barbárie
fragmentação da personalidade
afronta ao divino
que existe em todo ser vivo,
triste destino,
desatino...

Atualmente,
vêm estas flores,
ganhando lutas,
armando-se de luas,
impondo-se para os sóis:
partos de pé, ajoelhadas e sentadas,
só se for escolha,
um bebê orvalhado em perfume de folhas,
todo o respeito do companheiro!

Se for marcha política:
como a das Margaridas:
direitos iguais,
por que elas trabalhamn até mais:
jornadas ampliadas,
sem perder o amor da garotada;
se estendem como raízes,
dando conta da invernada!

Todos os dias da semana, do mês, do ano,
ali estão elas,
ganhando o pão,
criando união,
gerando a paz,
colorindo o jardim
onde nascem frutos sem fim
de educação e trabalho...

Assim é a mulher no mundo inteiro:
amarelas, brancas, negras!
Num mundo globalizado:
alegria e seriedade,
sabem dar o seu recado:
Não interessa a etnia!
Mulher...
de felicidade e alegria...é a garantia!

Brasília - 05/03/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 11:32

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