Margaret Pelicano

quinta-feira, 22 de maio de 2008

VENTRE DOENTE


O ventre da terra
em espasmos,
regurgita
o terror que tem ingerido
ao longo dos séculos de dor...

O ventre da terra palpita,
não suporta o veneno mal querido,
a poluição que queima a pele áspera
a fera que mata a vida,
o plástico, o vidro, o isopor...

O ventre da terra
está doente
e inconsequente
estoura suas veias,
quebra-se em torrentes de calor...

em maremotos, ciclones...
Tufões são alazões
correndo sobre a crosta
espalhando pavor,
digerindo gente..

Só Deus sabe
quando a semente
da consciência vai brotar
nos corações humanos
e alevantar a esperança

capaz de recuperar a terra
e toda sua abundância...
aí então, o ventre da terra curado,
recuperado da ganância
do homem, será o Paraíso desejado!
Brasília - 22/05/2008

Marcadores:

escrito por Margaret Pelicano às 21:54

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home

poesias, contos, crônicas, cartas