Margaret Pelicano

quinta-feira, 19 de junho de 2008

NEM SEMPRE O QUE O POETA ESCREVE É O QUE ELE SENTE



O BAILADO
Margaret Pelicano

Nem sempre o que o poeta escreve
é o que ele sente...há que se compreender:
poeta bom, é poeta morto!
Há que se morrer: nas inspirações,
nas explicações, sempre filosofando...

Muitos dirão: enlouquecida criatura,
vive na desventura e quer ditar escrituras!
Poeta, este ser que se dilacera
que sente mais dores do que qualquer alma vivente,
pode ser também o mais doce, o mais contente!

Quisera um dia só ser poeta,
ler nas entrelinhas o interdito
e ao deixar o coração contrito
perceber que a usura humana
não passa de medo da criatura!

Porém insisto e não desisto:
escrevo o que me vêm à mente,
parece inspiração, noutras intuição,
noutras então: a dor do sentimento vão!
Para completar, as belezas que vem do coração!

Vou colocando pitadinhas de mau-humor
entremeadas de bom-humor
para o bolo sair bem temperado,
por que ninguém é de ferro!
Ligo a máquina a vapor

E vou como a Maria Fumaça,
queimando por dentro o sentimento do mundo,
expelindo água quente para desinfetar o submundo
tão cheio de crimes de lesa-pátria
e para espairecer, olhando a paisagem

a sempre renovada fauna e flora!
Sim, por que a natureza parece sempre se regenerar
e perdoar o contaminado...
E a esperança vai trocando sua fantasia
e renovando, na vida do escritor, o bailado!

Brasília - 19/06/2008
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escrito por Margaret Pelicano às 16:42

1 Comentários:

Oi Meg querida, amei passar por seus espaços, divinos!
Paz e luz sempre,
beijos
Indy

23 de junho de 2008 às 16:22  

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