Margaret Pelicano
sábado, 26 de julho de 2008
Os humilhados serão exaltados
" NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS"
Margaret Pelicano
Não é o trabalho que me cansa, é o psicológico, a guerra fria, as ironias ferinas, as brincadeiras de mau gosto, a sutileza fina da piada, a pequenez de espírito vez em quando, mostrando a evolução não concluída, a versatilidade da usura; um esforço para crescer, impedido pelo tolhimento da alma embotada; a grosseria desnecessária, as alfinetadas, a dificuldade para esquecer, ver o outro por prisma diferente!
Aí me lembro que é preciso perdoar os pequeninos, e às vezes não consigo nem desculpar, que dirá perdoar! Como diria D.Filhuca: - desculpar eu desculpo, perdoar é só Deus!
Admiro a pobreza abundante: só tem feijão e sal? Dá para todos comerem? Amém Jesus, todos vão se alimentar por igual: o que bebe e o que não bebe, o que trabalha e o que não trabalha, o bonito e o feio, o que estuda e o que não estuda, o louco e o são! Tudo tão igual, tão sem preconceito, tudo tão perdoado, tão aceito, tão humanizado!
Mas, admirar, tem lá seus defeitos, admito! Nem sempre aceito, nem a pobreza de espírito, nem a falta de vontade de resolver 'as paradas' com uma boa conversa, que não deixe a alma magoada! Que cada um não saia para um lado, a vida toda, com o espírito choroso, sem encontrar a falha! Aquela falha que vem se avolumando, tirando lascas do vaso do amor, até que ele feio, carcomido, fica ali jogado num canto, sem enfeitar nada. Justo ele que deveria estar no centro da mesa mais bonita, no meio da casa!
É, é difícil conviver quando a dupla acha que está certa, quando o outro é errado. Difundiu-se a idéia: "sem culpa"! A partir de então, todos podem errar! Todos podem magoar! E o pior, todos podem julgar, e mandar, e fazer e desfazer da vida do outro! Tudo é sem culpa! 'Estou certo no meu ponto de vista, o ponto de vista do outro que se dane!'
E assim, o outro recebe uma enchurrada de informação, toma decisões de que se arrepende, simplesmente por que no círculo familiar ou de amigos, ninguém tem culpa de nada. Ficou bom demais viver assim para alguns!
E as terapias resolveriam estes problemas que estão baseados no diálogo franco? Nem por todo o frango do mundo. As pessoas tem a maior dificuldade de se encontrar e entender o outro. Pensam que se conhecem, estão enganados.
Ouvi certa tarde: fulana é preguiçosa, não gosta de trabalhar, só o fez por que não tinha jeito mesmo, se não, não sobreviveria! Baseado em que uma pessoa diz isto da outra, sem a conhecer direito? Nunca soube que numa época em que não havia máquina de lavar, esta pessoa lavava colchas de casal na mão, debaixo de chuva, toda a roupa da casa, colocava para coarar, depois enxaguava em várias águas. Quantas vezes tirou baldes e baldes de água da cisterna, por que faltava água na rua onde morava; que trabalhou fora, cuidou da casa e dos filhos conforme podia, repassou o que aprendeu e que hoje, já velhinha merece a preguiça que Deus, finalmente lhe deu?
Brasília - 26/07/2008
"Cuidado ao dividir suas preocupações e problemas com os outros. Lembre-se queDeus nunca dá a cruz mais pesada do que você possa carregar, mas isto não o capacita a avaliar o peso que o outro pode suportar.Orlando Ferraz"
Margaret Pelicano
Não é o trabalho que me cansa, é o psicológico, a guerra fria, as ironias ferinas, as brincadeiras de mau gosto, a sutileza fina da piada, a pequenez de espírito vez em quando, mostrando a evolução não concluída, a versatilidade da usura; um esforço para crescer, impedido pelo tolhimento da alma embotada; a grosseria desnecessária, as alfinetadas, a dificuldade para esquecer, ver o outro por prisma diferente!
Aí me lembro que é preciso perdoar os pequeninos, e às vezes não consigo nem desculpar, que dirá perdoar! Como diria D.Filhuca: - desculpar eu desculpo, perdoar é só Deus!
Admiro a pobreza abundante: só tem feijão e sal? Dá para todos comerem? Amém Jesus, todos vão se alimentar por igual: o que bebe e o que não bebe, o que trabalha e o que não trabalha, o bonito e o feio, o que estuda e o que não estuda, o louco e o são! Tudo tão igual, tão sem preconceito, tudo tão perdoado, tão aceito, tão humanizado!
Mas, admirar, tem lá seus defeitos, admito! Nem sempre aceito, nem a pobreza de espírito, nem a falta de vontade de resolver 'as paradas' com uma boa conversa, que não deixe a alma magoada! Que cada um não saia para um lado, a vida toda, com o espírito choroso, sem encontrar a falha! Aquela falha que vem se avolumando, tirando lascas do vaso do amor, até que ele feio, carcomido, fica ali jogado num canto, sem enfeitar nada. Justo ele que deveria estar no centro da mesa mais bonita, no meio da casa!
É, é difícil conviver quando a dupla acha que está certa, quando o outro é errado. Difundiu-se a idéia: "sem culpa"! A partir de então, todos podem errar! Todos podem magoar! E o pior, todos podem julgar, e mandar, e fazer e desfazer da vida do outro! Tudo é sem culpa! 'Estou certo no meu ponto de vista, o ponto de vista do outro que se dane!'
E assim, o outro recebe uma enchurrada de informação, toma decisões de que se arrepende, simplesmente por que no círculo familiar ou de amigos, ninguém tem culpa de nada. Ficou bom demais viver assim para alguns!
E as terapias resolveriam estes problemas que estão baseados no diálogo franco? Nem por todo o frango do mundo. As pessoas tem a maior dificuldade de se encontrar e entender o outro. Pensam que se conhecem, estão enganados.
Ouvi certa tarde: fulana é preguiçosa, não gosta de trabalhar, só o fez por que não tinha jeito mesmo, se não, não sobreviveria! Baseado em que uma pessoa diz isto da outra, sem a conhecer direito? Nunca soube que numa época em que não havia máquina de lavar, esta pessoa lavava colchas de casal na mão, debaixo de chuva, toda a roupa da casa, colocava para coarar, depois enxaguava em várias águas. Quantas vezes tirou baldes e baldes de água da cisterna, por que faltava água na rua onde morava; que trabalhou fora, cuidou da casa e dos filhos conforme podia, repassou o que aprendeu e que hoje, já velhinha merece a preguiça que Deus, finalmente lhe deu?
Brasília - 26/07/2008
"Cuidado ao dividir suas preocupações e problemas com os outros. Lembre-se queDeus nunca dá a cruz mais pesada do que você possa carregar, mas isto não o capacita a avaliar o peso que o outro pode suportar.Orlando Ferraz"
Marcadores: familiar
5 Comentários:
doce, meiga e linda meg,
escrevestes justamente o mérito do verbo " julgar " ... maravilhoso e reflexivo texgo
muito obrigada, hoje e sempre
Maria Regina
nota: é como penso querida, a inteligência tem limites, porém,
a ignorância ( de espírio ) é ilimitada, o que torna-se infinitamente lamentável
Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo."
Voltaire
Boa noite, Margaret!
Hoje foi um dia atípico para mim, consegui ficar
diante a esta tela tempo suficiente para
deleitar-me com as boas leituras.
Você sempre é uma boa leitura.
Gosto muto do que leio de você. Suas crônicas,
mensagens e poemas são sempre repletos
de vivência, transparência e muitas verdades
reais da vida.
Obrigada pelo momento!
Meu carinho para você!
Marilda(OlhosDe£in¢e)
Repassando com imenso prazer...
Marilda amiga do coração você tem toda
razão, como é gratificante ler
Margaret, aguça nossos sentidos...
beijos
Naidaterra
OLA MARGARET,NASCI EM S,SEB DO PARAISO.E VC ME FEZ COM MUITA DOCURA E MELANCOLIA VOLTAR A MINHA INFANCIA E DESCOBRIR QUE..EU ERA FELIZ...E SABIA ! OBRIGADA POR ISSO!
Postar um comentário
<< Home