Margaret Pelicano

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

VIDA SUBLIMADA
Margaret Pelicano
Sublimando levo a existência
sem amor, sem alforria,
grilhões escravos, vida vazia,
sem temer as conseqüências...
Enfrento a dura lida insossa,
contento-me com o pouco,
o espírito de gritar ficou rouco,
implora o término da violência...
Sem amor, sem respeito, sem gratidão,
sofre calamitosamente o coração,
não há oração ou vibração
que liberte a alma ofegante...
Procuro observar no horizonte,
os perfumes da eterna esperança,
a maria-sem-vergonha virou linda rosa,
a coruja me observa curiosa:
'Por onde anda esta mulher toda noite,
sai a caminhar sem direção,
não vai alegre, nem triste,
meio sorriso, um alçapão...

'É que guardo dentro de mim,
lembranças, eternas felicidades,
com elas e por elas vivo afinidades,
não busco mais fantasias...
Sublimei, definitivamente, sublimei...
se as alegrias me alimentaram,
as decepções me derrotaram,
não quero mais viver de alegorias!

Brasília - 21/08/2008

Marcadores:

escrito por Margaret Pelicano às 23:20

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home

poesias, contos, crônicas, cartas