Margaret Pelicano
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
As Sombras da Alma nos Marcam profundamente!
SOMBRAS
Margaret Pelicano
Estou com a garganta entalada!
Lágrimas descem sobre o rosto decomposto!
Não consigo passar para o papel o desgosto,
o medo, a ansiedade na alma espalmada!
Os receios, irmãos do grito descontrolado,
batem à porta em desconforto,
e o lápis treme entre os dedos espraiados
garatujas são porto do destino morto,
onde o sonhado não foi classificado
em primeiro lugar! E as sombras tomaram conta
de uma mulher que queria e pouco fazia...
Hoje, o berro preso anseia se soltar,
mas é sufocado, acovardado ao acordar!
Desmaia! Finge viver para se encontrar!
Brasília - 20/01/2009
Margaret Pelicano
Estou com a garganta entalada!
Lágrimas descem sobre o rosto decomposto!
Não consigo passar para o papel o desgosto,
o medo, a ansiedade na alma espalmada!
Os receios, irmãos do grito descontrolado,
batem à porta em desconforto,
e o lápis treme entre os dedos espraiados
garatujas são porto do destino morto,
onde o sonhado não foi classificado
em primeiro lugar! E as sombras tomaram conta
de uma mulher que queria e pouco fazia...
Hoje, o berro preso anseia se soltar,
mas é sufocado, acovardado ao acordar!
Desmaia! Finge viver para se encontrar!
Brasília - 20/01/2009
Marcadores: Lírica
Bem Estar
VESTIDO VELHO
Margaret Pelicano
O vestido velho e sorrateiro
na sua humildade de pedreiro
um trabalhador braçal e companheiro
veste meus dias de dona do lar...
fresquinho por assim estar a envelhecer,
cobre-me as vergonhas
quando tenho que descer com os cachorros,
ir à padaria sem mistérios e pudor,
acompanha-me na cozinha,
fica com cheiro de almoço
repete-se quase todo dia,
como jaleco de doutor...
á tardezinha, depois da luta,
o vestido generoso
vai pra máquina de lavar
tirar o suor da labuta...
...com Omo fica de novo cheiroso,
vai para passar porque não é um rei deposto,
é desejado por ser fresquinho,
alegre, sem colarinho,
com flores delicadas...
ah! vestido velho, pela manhã,
sempre uma nova alvorada,
roupa desejada
delícia de bem estar!
Brasília - 24/11/2006
Marcadores: Lírica
Um abraço cura a alma....
ABRAÇA-ME
Margaret Pelicano
Abraça-me quando eu mais precisar
para que sinta o conforto do seu amparo;
Abraça-me quando eu menos precisar,
para que sinta o sagrado no amar!
Assim, eternamente confiante e segura
o abraço é conforto e frescura
amizade sem par, janelas abertas e luar,
ondas de amor que vibram em todas as horas...
Enlaça-me de forma a conquistar carinho
a permitir o perdão das ofensas
a construir seguros ninhos,
não viver de aparências....
Enlaça-me para ser presença que marca
e não ausência que destrói...
Enlaçar constrói alicerces firmes
que o tempo não corrói...
Brasília - 19/01/2009
Margaret Pelicano
Abraça-me quando eu mais precisar
para que sinta o conforto do seu amparo;
Abraça-me quando eu menos precisar,
para que sinta o sagrado no amar!
Assim, eternamente confiante e segura
o abraço é conforto e frescura
amizade sem par, janelas abertas e luar,
ondas de amor que vibram em todas as horas...
Enlaça-me de forma a conquistar carinho
a permitir o perdão das ofensas
a construir seguros ninhos,
não viver de aparências....
Enlaça-me para ser presença que marca
e não ausência que destrói...
Enlaçar constrói alicerces firmes
que o tempo não corrói...
Brasília - 19/01/2009
Marcadores: Lírica
OFENSAS
Margaret Pelicano
A dormência me assola e luto;
luta fatídica, disparatada e desleal
contra o destino obtuso, arguto,
quarta-feira de cinzas, santo sem pedestal!
Das duas uma: ou se dorme e nunca mais se acorda
e se descansa da existência sem sal,
ou se desperta sabendo das desavenças,
maus entendidos, más crenças: bobagem irreal!...
Coração fibrila desesperado, a falta de ar devasta
o céu da boca, pulmões ressecam diante da visceral
infante: vida besta - maus amores, má casta!
É uma corrida horripilante em prol da eterna
e benfazeja morada astral, minha única esperança!
Viver é um sacrilégio, ofensa divina sem igual!
Brasília - 19/01/2009
Margaret Pelicano
A dormência me assola e luto;
luta fatídica, disparatada e desleal
contra o destino obtuso, arguto,
quarta-feira de cinzas, santo sem pedestal!
Das duas uma: ou se dorme e nunca mais se acorda
e se descansa da existência sem sal,
ou se desperta sabendo das desavenças,
maus entendidos, más crenças: bobagem irreal!...
Coração fibrila desesperado, a falta de ar devasta
o céu da boca, pulmões ressecam diante da visceral
infante: vida besta - maus amores, má casta!
É uma corrida horripilante em prol da eterna
e benfazeja morada astral, minha única esperança!
Viver é um sacrilégio, ofensa divina sem igual!
Brasília - 19/01/2009
Marcadores: Lírica