Margaret Pelicano
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
RENOVANDO ATITUDES
Margaret Pelicano
Recebi de minha prima Cassandra um PPS sobre as belezas da Alemanha.
Agradeci e respondi a ela: -que pena que o Brasil não é assim, limpinho! Nem falo da sujeira política, é a sujeira das ruas mesmo. É o péssimo hábito de jogar por onde os transeuntes passam, o lixo que carregam.
Se antes me orgulhava da limpeza de Brasília, hoje me envergonho. A capital da República, que deveria dar o exemplo, não o faz. Não há ações governamentais do tipo: Lugar de lixo é no lixo! Não há campanhas nas escolas, parece-me que nem todos educam seus filhos para viver em grupo.
Aqui, as pessoas quando descem dos ônibus para trabalhar no Plano Piloto, compram café, bolo, pão e quando se fartam, jogam pelas ruas os copos plásticos, os saquinhos que trouxeram com lanche, caixinhas de cigarros vazias, garrafas de cerveja, palitos de picolé, brinquedos quebrados. Chego a pensar se as mentes também são vazias.
Tenho por hábito caminhar com meus animaizinhos de estimação e vou 'colhendo' estas flores abomináveis de sujeira e poluição. Coloco nas lixeiras, abundantemente espalhadas pela cidade. O coletor está do lado 'do sujeito', mas ele joga até quentinhas com resto de comida nas passarelas e calçadas.
Há tantas campanhas na net sobre tudo, e, ela tem um alcance inimaginável. Proponho uma corrente de bom senso, cirandas de amor ao planeta, crônicas, contos, poesias que aprimorem, refinem nosso espírito, deixando de lado nossa parte animal e contribuindo com o bem da cidade onde moramos.
Brasília - 22/10/2008
Marcadores: Engajada
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
RECADINHO DA ILZE...QUE GRACINHA...
Margaret Pelicano
Eu sou desatenta,
esquecida com coisas importantes,
mas lá, no fundo, a alma de criança
brinca com as futilidades...
Muitos pensam sobre minha desatenção:
'absurdo ela esquecer meu nome,escrevê-lo errado!
'Eu também sou assim
e corrijo o amigo!
Situação inimaginável!
No entanto o tempo vai passando,
acelerado ou lento
e percebo que o que antes me incomodava
não me incomoda mais
e o que não me amolava, agora perturba...
Bela pessoa confusa,
um dia sol, noutro lua, noutro chuva...e olhem:
lua tem só quatro fases,
mas eu me multiplico
e me torno obtusa!
Também, sei que não me conheço!
Acho que me conheço!
De repente, lá vem um tornado e me revira,
giro pelo espaço,, fico do avesso!
e me estatelo lá embaixo!
Vivo dizendo, sou assim e assado!
Ah! cabeça des/compensada,
sou nada disto, faço e me desfaço,
da rotina formo laços tristes;
na agitação, prefiro a calma!
Desta forma sou botão de flor,
que murcha e renasce
conforme as estações do ano,
conforme o trem da vida,
e assim, amorosamente vou levando...
Crio saudades arrependidas,
descasco abacaxis,
mato leões todos os dias...
Sinto prazer em cozinhar,
passada a fase da cozinha...começo a odiar!
Bordo as horas,
adoro verdes abobrinhas,
principalmente as feitas por minha mãe
minha rainha...
Meus filhos e neta, tesouros!
Costuro-os todos na bainha!
Por onde passo eles estão comigo enlaçados,
nos pensamentos debruados
amontoados de carinhos!
Amo amigos e deles não me desfaço!
Ilha que sou, às vezes me isolo,
como amante, colo!
Adoro colo e quando acho um...solo!
Em sinfonia decoro na horizontal e na vertical
a canção do Sol, da Lua e da Chuva
Sou rio que deságua em plácidas lagoas,
quando irada corro pro mar até me cansar...
então pego do barco a proa
e começo a marulhar...
Aos marujos encanto com meus versos
quando estes estão no cais
buscando na mulher o universo,
e como sereia serpenteio
seus corpos necessitados de carinho...
Ah! se a noite falasse,
os gemidos nas camas contassem,
haveria mentiras e verdades
andando de mãos dadas pelo mundo à fora,
mas sou rio, e rio corre até morrer no mar
e em círculos volta
e forma nuvens,
e me molho e me refaço no incessante vir a ser
do alinhar a vida, do acontecer, do sobreviver,
do apontar a direção para rejuvenescer!
Sou tanto e não sou nada:
criança, jovem, velha muralha!
Aquela que de nada quer saber,
e aquela que tudo acolhe,
e aprecia amanhecer!
Brasília - DF07/01/2008
Marcadores: Poesia - Lírica
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Presente da amiga Sônia Pallone e a imagem é do amigo Felizeca
Roque Schneider
"Senhor, hoje, completo mais um ano de vida.E meus olhos voltam-se a ti,enquanto meu coração agradece.
Nascer é milagre.Viver é milagre.Dois milagres que chegam de mãos dadascom o mistério.
Eu poderia não ter nascido.E o mundo continuaria sua marcha, sem mim.
Mas eu existo.Estou viva.Rodeada pelo calor humanoe pela amizade de tantos coraçõesque me querem bem:meus familiares, amigos e benfeitores.
Viver é estar a caminho,em busca de constante realização pessoal.Preciso de tuas bênçãos, Senhor:para crescer, para acertar,para seguir em frentecom otimismo, coragem e perseverança.
A vida é uma liturgia..E o meu ofertório de hojeé mais um ano de existência.
Obrigada, Senhor, porque eu existo.Obrigada pela fé que eu tenhoe pela esperança que ilumina minha jornada.
A vida é bela e digna de ser vivida.Obrigada Senhor, Amém."
"Senhor, hoje, completo mais um ano de vida.E meus olhos voltam-se a ti,enquanto meu coração agradece.
Nascer é milagre.Viver é milagre.Dois milagres que chegam de mãos dadascom o mistério.
Eu poderia não ter nascido.E o mundo continuaria sua marcha, sem mim.
Mas eu existo.Estou viva.Rodeada pelo calor humanoe pela amizade de tantos coraçõesque me querem bem:meus familiares, amigos e benfeitores.
Viver é estar a caminho,em busca de constante realização pessoal.Preciso de tuas bênçãos, Senhor:para crescer, para acertar,para seguir em frentecom otimismo, coragem e perseverança.
A vida é uma liturgia..E o meu ofertório de hojeé mais um ano de existência.
Obrigada, Senhor, porque eu existo.Obrigada pela fé que eu tenhoe pela esperança que ilumina minha jornada.
A vida é bela e digna de ser vivida.Obrigada Senhor, Amém."
Marcadores: Amizade
Menin_ETI...
"Bem sabemos que ela é CAPPAZ"
Ah - não fosse eu - criança
não andava de patinet
e obedeceria a Professora
Margaret ou Menin_Eti
Mesmo sendo u'a menina
tern_e_terna Professora
é de muitos que poetas
a "Musa Inspiradora"
Amante da Natureza
em toda a sua essência
se doa mais que recebe
'sublimando leva a existência'
Defensora dos animais
em todas as humanas instâncias
sempre com muito 'tesão' -
"este alimentador de ânsias"
"Queima por dentro o velho lenho"
na "Procura" por um melhor mundo
e nessa luta feliz mergulha...
na profundidade do profundo
Critica a (des)humanidade
que em "Soneto de Letargia"
cruza os braços - anestesiada
esperando a morte - um dia
Transforma tudo que escreve
seja em Crônicas ou Versos
faz até do inverso - verso
pois é "Filha do Universo"
Ah - como é doce essa menin_Eti
Mulher ... Menina... Amada...
"Tudo e Nada - de braçada,
Eu já não consigo fazer mais nada"!!!
...
Parabéns pelo seu Níver Margaret - menina!
20/Outubro/2oo8
"Bem sabemos que ela é CAPPAZ"
Ah - não fosse eu - criança
não andava de patinet
e obedeceria a Professora
Margaret ou Menin_Eti
Mesmo sendo u'a menina
tern_e_terna Professora
é de muitos que poetas
a "Musa Inspiradora"
Amante da Natureza
em toda a sua essência
se doa mais que recebe
'sublimando leva a existência'
Defensora dos animais
em todas as humanas instâncias
sempre com muito 'tesão' -
"este alimentador de ânsias"
"Queima por dentro o velho lenho"
na "Procura" por um melhor mundo
e nessa luta feliz mergulha...
na profundidade do profundo
Critica a (des)humanidade
que em "Soneto de Letargia"
cruza os braços - anestesiada
esperando a morte - um dia
Transforma tudo que escreve
seja em Crônicas ou Versos
faz até do inverso - verso
pois é "Filha do Universo"
Ah - como é doce essa menin_Eti
Mulher ... Menina... Amada...
"Tudo e Nada - de braçada,
Eu já não consigo fazer mais nada"!!!
...
Parabéns pelo seu Níver Margaret - menina!
20/Outubro/2oo8
Marcadores: Amizade
Do meu doce amigo Poeta Londrino...emocionada agradeço!
José C. Lopes
À macia candura de um malmequer
adivinho a meiga visão de um sorriso,
o lugar onde a bondade em que acredito
encontra em tua face o arrimo e o mister.
Desfolhar imaginações à confiança
de uma presença plena e criativa,
como quem de tantos sonhos à deriva
sempre faz de seu porto a esperança.
Então viver o perfume e o alento
à fraternidade que o pensamento
colhe em plácido verve e sabedoria.
Bem-querer decantado em poesia
à espontânea alegria e amizade
que semeias em ardente felicidade.
Londres, 20/outubro/2008
Poeta Londrino
Marcadores: de amigos
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Três Crônicas sobre Ariano Suassuna
O IMPORTANTE É SER GENTE
Margaret Pelicano
Quando era menino, na época do inverno, observava os rios secos se enchendo de água da chuva. Era um lamaçal a princípio. Depois a água deixava de ser turva, ia clareando, aparecendo as piabinhas, o sol batendo nas escamas que refletiam colorido arco-íres na água, agora cristalina.
Encantado com a beleza da água corrente, do verde que ia se espalhando pela terra árida, costumava deitar-se num tronco caído sobre o riacho, e ali, de bruços, pernas e braços abertos como se cavalga alegremente um cavalo, ficava horas observando a água correndo mansamente; ela feliz da vida por estar cooperando com os povos, completamente integrada à natureza outra vez...
Cena imaginada, deliciada pelo gosto da literatura, fui advertida pela minha filha: ele é realmente um contador de histórias. Estou vendo a cena, como se estivesse assistindo a um filme. Eu sorri e nada comentei, embevecida com o espetáculo humano que se deparava à minha frente.
Nunca mais vou esquecer o que vi, escutei, senti. Puro prazer estético: conhecer vivo ainda, um acadêmico de nossas letras. Eles que só vemos pela televisão. Ele que é tão simples, tão gente, sem aquela seriedade cansativa dos muito inteligentes. Ele, que teve atenção especial para com todos, ele que 'deu mostras de que tudo na natureza se interconecta, sendo todos essencialmente necessários para a manutenção de tudo, que o importante na vida são as relações de auto-ajuda,' ele se chama Ariano Suassuna!
Brasília - 14/10/2008
Margaret Pelicano
Quando era menino, na época do inverno, observava os rios secos se enchendo de água da chuva. Era um lamaçal a princípio. Depois a água deixava de ser turva, ia clareando, aparecendo as piabinhas, o sol batendo nas escamas que refletiam colorido arco-íres na água, agora cristalina.
Encantado com a beleza da água corrente, do verde que ia se espalhando pela terra árida, costumava deitar-se num tronco caído sobre o riacho, e ali, de bruços, pernas e braços abertos como se cavalga alegremente um cavalo, ficava horas observando a água correndo mansamente; ela feliz da vida por estar cooperando com os povos, completamente integrada à natureza outra vez...
Cena imaginada, deliciada pelo gosto da literatura, fui advertida pela minha filha: ele é realmente um contador de histórias. Estou vendo a cena, como se estivesse assistindo a um filme. Eu sorri e nada comentei, embevecida com o espetáculo humano que se deparava à minha frente.
Nunca mais vou esquecer o que vi, escutei, senti. Puro prazer estético: conhecer vivo ainda, um acadêmico de nossas letras. Eles que só vemos pela televisão. Ele que é tão simples, tão gente, sem aquela seriedade cansativa dos muito inteligentes. Ele, que teve atenção especial para com todos, ele que 'deu mostras de que tudo na natureza se interconecta, sendo todos essencialmente necessários para a manutenção de tudo, que o importante na vida são as relações de auto-ajuda,' ele se chama Ariano Suassuna!
Brasília - 14/10/2008
Marcadores: ENGAJADA - CRÔNICA
As maravilhas de Ariano Suassuna
MARAVILHAS (Adaptado)
Margaret Pelicano
Ele colocou o relógio de bolso sobre a mesa e começou a discursar sobre a cultura brasileira, sobre ser especialista em português medieval, sobre nosso desconhecimento da língua e da nossa cultura. - Gosto de falar e poderia extrapolar, deixo aqui o marcador antigo. Nada de celular, nada moderno, Afirmou que não é contra a tecnologia, mas que ela não pode nos engolir, não pode ser devastadora. Parece-me que os mais velhos correm contra o tempo, tem muito o que expressar ainda, mas a irmã morte vem e os leva sem terminarem o seu trabalho. Lembrei-me por instante do meu pai e do relógio de bolso dele, também querendo ficar, também querendo viver mais...Mas voltemos a Ariano Suassuna...
Pediu para colocar uma música e perguntou: - alguém reconhece esta música? E a platéia gritou: - sim é uma música espanhola. - E esta? Esta é uma música brasileira.
- Pois é. Disseram-me certa vez na Universidade de Pernambuco, que não temos cultura própria. Que nossa cultura é somente um episódio dentro da cultura ocidental. Querem ver como temos cultura? Coloquem aí por favor uma dança erudita do nordeste: um dobrado! A seguir veio um maracatu, depois um maxixe....e sucederam-se exemplos de brasilidade, na música, na dança, nos instrumentos brasileiros. E completou: Isto é só no nordeste, imaginem pelo Brasil à fora. Se reconhecemos uma música espanhola, reconhecemos também uma música brasileira, ora bolas...Se se reconhece a cultura deles, reconhece-se também a nossa!
E os exemplos não pararam.
Certa vez, perguntaram a ele se estava escrevendo outro livro, ele disse: - sim!
- Tem sol? - Tem?
- Tem seca? - Tem.
- Tem cangaceiro? - Tem.
- Ah! Mas estamos cansados deste tema, sr.
E ele: - Como? -Tolstoi, Dostoiévski, só escreveram sobre frio, neve, as estepes russas, as danças russas, o povo soviético, etc. Victor Hugo, sobre a miséria dos seres, a fome a pobreza na França do século XIX, alguns laivos de bondade como a adoção. Eu sou nordestino, devo escrever sobre o que conheço e sinto nas estranhas (adaptado). Agora vejam só: Nunca disse a ninguém como escrever, mas todos querem dizer como tenho que fazê-lo, só me falatava esta! Foi ovacionado pelo público!
Aí percebi, como a gente tem sede de ser como realmente é. Como o grupo social precisa ser mais autêntico, aceitar o outro na sua simples e extrema verdade.
Que fique para nós esta lição de Ariano Suassuna e que celebremos com ele a oportunidade do mestre ensinar e nós aprendermos. Um brinde ao sexto ocupante da cadeira de número 32 da Academia Brasileira de Letras, que estava lindo de branco, infestando o auditório de maravilhas.
Brasília - 14/10/2008
Marcadores: ENGAJADA - CRÔNICA
Série de Crônicas sobre Ariano Suassuna
ENCANTAMENTO
Margaret Pelicano
Entendi que tudo é possível, o bem ou o mal, desde que se queira fazer o que se almeja. Entendi a importância do encantamento para a saúde mental, e foi o que me ensinaram neste final de semana.
Ontem fui ao XI Congresso promovido pelo Sinepe, Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF, a convite de um de seus mais dedicados trabalhadores, meu querido amigo Fábio. Ele quase chegou a ser meu genro. Ele, sabedor do meu amor pelas causas sociais, me convida todo ano. No ano passado, não quis ir, estava cansada, com problemas de saúde, sem ânimo, perdi um precioso momento de reflexão. Neste ano, alguns palestrantes fizeram meus olhos brilharem de desejo cultural: Flávio Gikovate: médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor, aquele que se dedica a técnicas breves de psicoterapia (creio que para a pessoa se curar antes de morrer...rs); Amir Klink - oito voltas ao mundo, salvo engano, autor de diversos livros, conhecedor profundo da Antártica! Jesus Cristo! No domingo, Ariano Suassuna digno representante da cadeira de número 32 da Academia Brasileira de Letras. Quase enfarto, quase...
Quando meu amigo do coração me falou da programação, não resisti. Em princípio, pensei: eu não acredito que estou me deixando levar pela educação de novo. Não quero ficar me envolvendo, mas acabo sendo levada por ela, por que é inerente ao ser humano o querer aprender. Costumo afirmar que se não educarem as famílias, pouco adianta querer educar os filhos. O que eles aprendem na escola, desaprendem em casa, quando o meio lhes é desfavorável. Mas, ninguém acorda para isto, para resgatar os erros do passado social do país: a manutenção da pobreza, a ausência de escolas, a mão de obra barata advinda da falta de escolarização e de profissionalização. Hoje o Brasil paga um preço altíssimo pelo descaso dos seus governantes. Poucos cidadãos estão preparados para o trabalho.
Bem, lá fomos, eu e a amada filha para a palestra do eminente escritor Flávio Gikovate, onde embevecida resumo os ditos: '"Disciplina! Esta é a força da razão, capaz de vencer a preguiça, é um conjunto de normas'" que precisam ser seguidas para vivermos em harmonia conosco mesmo e com quem convivemos. "A Pedagogia é a medicina preventiva da psiquiatria" ! Quanta riqueza pedagogos de plantão, vocês evitam as doenças futuras; "O planeta sucumbirá se a ambição não parar. Formar-se-ão defuntos e não cidadãos"...
Achei que o congresso caminhava bem, aprendia muito. À tarde, Amir Klink descreveu suas viagens, sua garra, a importância da disciplina novamente para se vencer obstáculos, a importância da determinação ao objetivar a vitória. Aí vim para casa flutuando feito anjo, recordando os 'slides' projetados por ele sobre a Antártica. E a lição que ele nos passou sobre solidão: ficou quase 2 anos sozinho na Antártica e não se sentiu só em nenhum momento, por que sempre teve o que fazer ( será que sente solidão só aquele que não faz nada pelo próximo?)
Porém, meus amigos, o orgasmo cultural veio no domingo: arrepiei, quase chorei, me emocionei ao extremo ouvindo, aplaudindo, desfrutando o imenso prazer de conhecer e tirar fotos com Ariano Suassuna: sexto ocupante da cadeira de nº 32, um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor de Auto da Compadecida e a Pedra do Reino. No alto de seus 81 anos, é um grande militante da cultura brasileira, criador do movimento Armorial que resgata e torna erudita a arte brasileira.
Hoje são 11 de outubro de 2008, e como não consigo expressar com palavras a minha felicidade, parece que elas são poucas, posso dizer que, se meu ano encerrasse hoje, eu afirmaria (e afirmo) que belo ano! E digo a vocês, leitores amigos: paremos de falar, e comecemos a fazer o que pregamos. Como Ariano Suassuna! 81 anos de trabalho em prol da dança, música, literatura, artes plásticas, teatro, cinema,, arquitetura, entre outras expressões. Só assim o mundo irá mudar para melhor! Só assim nosso sonho de igualdade, liberdade, fraternidade, irá se tornar realidade. Minhas reverências a todos vocês, cheios de boa vontade para melhorar o planeta!...Estou em estado de encantamento!
Brasília - 11/10/2008
__._,_.___
Margaret Pelicano
Entendi que tudo é possível, o bem ou o mal, desde que se queira fazer o que se almeja. Entendi a importância do encantamento para a saúde mental, e foi o que me ensinaram neste final de semana.
Ontem fui ao XI Congresso promovido pelo Sinepe, Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF, a convite de um de seus mais dedicados trabalhadores, meu querido amigo Fábio. Ele quase chegou a ser meu genro. Ele, sabedor do meu amor pelas causas sociais, me convida todo ano. No ano passado, não quis ir, estava cansada, com problemas de saúde, sem ânimo, perdi um precioso momento de reflexão. Neste ano, alguns palestrantes fizeram meus olhos brilharem de desejo cultural: Flávio Gikovate: médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor, aquele que se dedica a técnicas breves de psicoterapia (creio que para a pessoa se curar antes de morrer...rs); Amir Klink - oito voltas ao mundo, salvo engano, autor de diversos livros, conhecedor profundo da Antártica! Jesus Cristo! No domingo, Ariano Suassuna digno representante da cadeira de número 32 da Academia Brasileira de Letras. Quase enfarto, quase...
Quando meu amigo do coração me falou da programação, não resisti. Em princípio, pensei: eu não acredito que estou me deixando levar pela educação de novo. Não quero ficar me envolvendo, mas acabo sendo levada por ela, por que é inerente ao ser humano o querer aprender. Costumo afirmar que se não educarem as famílias, pouco adianta querer educar os filhos. O que eles aprendem na escola, desaprendem em casa, quando o meio lhes é desfavorável. Mas, ninguém acorda para isto, para resgatar os erros do passado social do país: a manutenção da pobreza, a ausência de escolas, a mão de obra barata advinda da falta de escolarização e de profissionalização. Hoje o Brasil paga um preço altíssimo pelo descaso dos seus governantes. Poucos cidadãos estão preparados para o trabalho.
Bem, lá fomos, eu e a amada filha para a palestra do eminente escritor Flávio Gikovate, onde embevecida resumo os ditos: '"Disciplina! Esta é a força da razão, capaz de vencer a preguiça, é um conjunto de normas'" que precisam ser seguidas para vivermos em harmonia conosco mesmo e com quem convivemos. "A Pedagogia é a medicina preventiva da psiquiatria" ! Quanta riqueza pedagogos de plantão, vocês evitam as doenças futuras; "O planeta sucumbirá se a ambição não parar. Formar-se-ão defuntos e não cidadãos"...
Achei que o congresso caminhava bem, aprendia muito. À tarde, Amir Klink descreveu suas viagens, sua garra, a importância da disciplina novamente para se vencer obstáculos, a importância da determinação ao objetivar a vitória. Aí vim para casa flutuando feito anjo, recordando os 'slides' projetados por ele sobre a Antártica. E a lição que ele nos passou sobre solidão: ficou quase 2 anos sozinho na Antártica e não se sentiu só em nenhum momento, por que sempre teve o que fazer ( será que sente solidão só aquele que não faz nada pelo próximo?)
Porém, meus amigos, o orgasmo cultural veio no domingo: arrepiei, quase chorei, me emocionei ao extremo ouvindo, aplaudindo, desfrutando o imenso prazer de conhecer e tirar fotos com Ariano Suassuna: sexto ocupante da cadeira de nº 32, um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor de Auto da Compadecida e a Pedra do Reino. No alto de seus 81 anos, é um grande militante da cultura brasileira, criador do movimento Armorial que resgata e torna erudita a arte brasileira.
Hoje são 11 de outubro de 2008, e como não consigo expressar com palavras a minha felicidade, parece que elas são poucas, posso dizer que, se meu ano encerrasse hoje, eu afirmaria (e afirmo) que belo ano! E digo a vocês, leitores amigos: paremos de falar, e comecemos a fazer o que pregamos. Como Ariano Suassuna! 81 anos de trabalho em prol da dança, música, literatura, artes plásticas, teatro, cinema,, arquitetura, entre outras expressões. Só assim o mundo irá mudar para melhor! Só assim nosso sonho de igualdade, liberdade, fraternidade, irá se tornar realidade. Minhas reverências a todos vocês, cheios de boa vontade para melhorar o planeta!...Estou em estado de encantamento!
Brasília - 11/10/2008
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