Margaret Pelicano

quinta-feira, 29 de maio de 2008

PROCURA MEU CORAÇÃO


Passarinho, passarinho,
ciscando o chão tão sozinho,
procura meu coração
quem sabe perdido em seu ninho...

Passarinho, passarinho,
ao levantar seu vôo,
eu contigo vou,
buscar o meu cantinho...

Passarinho, passarinho,
ando tão quietinho,
isolado, pequeninho,
preciso do seu carinho

tendo em vista que já parti
e nunca mais voltei
para encontrar o que amei!
Passarinho, passarinho...

Também tu a me deixar
ferido e cansado
o lado esquerdo machucado
sem achar o meu lar?

Pelo menos, leve-me contigo,
a voar sobre as pradarias,
quem sabe consigo
recuperar as pedrarias...

aquelas que brilham com o sol,
e tem mais valor que o ouro,
por se tratarem de flores
a enfeitar o meu lençol

Passarinho, passarinho,
ao levantar seu vôo,
eu contigo vou,
buscar o meu cantinho.

Brasília - 28/05/2008



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escrito por Margaret Pelicano às 16:12 1 Comentários

CONFRARIA




Pensei que podia tanto
mas que espanto
fui deixando pelo caminho,
o abandonado, o vizinho...

Deixei amores e ganhei rancores,
Deixei o viço e ganhei rugas
Deixei o bom humor e ganhei o mau
Deixei a alegria e ganhei seriedade!

Fui deixando e incorporando suores
diferentes, às vezes com ranço,
troquei a boa fruta pela amargura,
abandonada num canto ficou a felicidade!

De tudo, o principal
é a aceitação dos horrores:
acordar cedo, por exemplo,
tornou-se costume! Lamento!

Foram tantas as trocas
que de meu peito brota
o que não queria:
perdi a saúde e amiúde...

peço ajuda da poesia,
da sinestesia faço meu ideal,
crio com amigos confraria
de anjos, cantando no meu coral!

Brasília - 29/05/2007


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escrito por Margaret Pelicano às 16:06 0 Comentários

terça-feira, 27 de maio de 2008

Projeto Pinta e Borda Palavras


ALMA
Luciano e Murilo - 4ª série

Alma é arte de Deus
Alma é de amar
Alma é arte do amor
Alma é arte de flor

Alma não tem rancor
Alma tem cor
Alma é coração
Alma é evolução

Alma é alegre
Alma é generosa
Alma é honestidade
Na natureza e na arte

Alma tudo é
Alma tudo será
Alma é um presente
Que deus dá!

São Sebastião do Paraíso - MG - Maio de 2008

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escrito por Margaret Pelicano às 14:31 3 Comentários

Projeto Pinta e Borda Palabras - Profª Abadia


AMIZADE
Luciano Assis dos Santos

Amizade tem amor
Amizade tem compaixão
Amizade só não tem
Tristeza no coração

Amizade é amar
Amizade é realizar
Amizade é respeitar
O amigo que vai lhe ajudar

Amizade tudo tem
Amizade tudo terá
Amizade tem ternura
Que o amigo dá

Amizade é um don
Que todos tem
Até Deus tem,
Quando alguém fala: Amém!

São Sebastião do Paraíso - MG - Maio de 2008

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escrito por Margaret Pelicano às 14:12 1 Comentários

O FILHO PRÓDIGO



É o fim do mundo,
diz o ditado popular,
o facão corre fundo,
e a bíblia diz a verdade secular:
o apocalipse é agora,
o homem perdeu a aurora,
so aprecia trevas
violência, tiroteio, guerras!

É o fim do mundo,
crianças às vezes nem nascem,
são abortadas, discriminadas,
antes de nascerem,
outras violadas, abandonadas
nas ruas a se perderem,
largadas em orfanatos...
É um disparate!

Jovens sem lar
caminham pelas ruas:
foram espancados
pais alcoólatras,
mães que partiram
e eles, dos becos
fazem seu mundo!

Até quando meu Deus
o homem vai sentir-se perdido
cansado, falido
e vai continuar
banido, feito bandido,
por ter destruído valores,
não reconhecer mais a moral
como fonte de harmonia!

Até quando vai aceitar
e esquecer rapidamente
horrores, desafios ignóbeis
ao invés de querer ser o Nobel da Paz?
Certo dia quem sabe,
ele acabe
reconhecendo-se humano
e Lhe agradeça pela inteligência,

perceba a frequência do bem,
aceite aos outros como iguais!
Neste momento, enfim,
as bondades serão seus ideais!
O Senhor, meu Pai,
terá conseguido dissuadí-lo do mal
e ele será o Filho Pródigo:
retorna para ser bom demais!

Brasília - 27/05/2008

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domingo, 25 de maio de 2008

DUETO: SOU DO TEMPO - Tânia e Margaret


SOU DO TEMPO
Tânia Lemke

Antiquada e fora de moda sou um tipo de mulher que ainda romantiza e sonha, que olha a pétala de uma rosa e enxerga através dela a suavidade do toque do homem amado.

Uma mulher que gosta de receber flores, mesmo as arrancadas de algum jardim num crepúsculo qualquer de uma paixão.

Uma mulher que reconhece a gentileza de um homem ao abrir uma porta e deixa-la delicadamente pela mesma passar em primeiro lugar.

Mulher que é convidada, não convida... que oferece ao seu companheiro a oportunidade de escolha de seu predileto lugar em um restaurante, pequena porém fundamental delicadeza. Que agradece, diz por favor e obrigado sempre, que chora quando erra e sorri quando acerta, encabulada com a própria singeleza de sua atitude infantil, alma criança que ainda é.

Tola mulher eu sou, que acredito que um romance possa ter um feliz final, como nos contos de fadas, que acredito nas promessas e palavras tão facilmente pronunciadas pela boca do bem amado.

Uma mulher que ainda lembra do filme "Sissi, a Imperatriz" e emociona-se, sentindo-se lindamente vestida de princesa em seu traje majestoso, alvo, cândido, lindo e que dança no meio do salão de sua ilusão a valsa dos sonhos, sonhos crianças, adolescentes, juvenis, adultos e hoje, maduros.... mas ainda assim, sonhos.

Por quê quebrou-se todo este encanto? Por quê palavras voam soltas e superficiais hoje em dia, onde mais vale o volume de seus quadris que o tamanho de seu coração? Onde a arte deixa de ter prioridade e os inexpressivos vencem? Onde o belo deixa de ser a delicadeza das cores e poéticas palavras e passa a ser a aberração destoante das formas mal traçadas e linhas mal definidas? Onde o espírito leve e ingênuo deixa de ter valor em contrapartida aos valores fúteis dos que podem, ou pensam que podem matar o romance, a beleza, a arte, a paixão, a ingenuidade, o olhar esperançoso da criança na esquina, que acha normal ali estar de mãos estendidas à uma sobra qualquer de um poderoso qualquer?

Sou, sou antiquada sim, pois ainda choro ao ouvir musicas clássicas, assim como emociona-me o cantar do sabiá, nas árvores dos arredores.

Antiquada por ainda defender valores tão fúteis e banais a tantos como preservar uma bela árvore, um ipê simples e singelo, nascido num jardim qualquer e tentar conscientizar as pessoas de que precisamos cuidar melhor de nossos animais, cuidar de nossa água, nossos rios, nossas florestas, nosso ar. Tola de ainda acreditar que é mais importante ensinarmos às nossas crianças o significado de ética, a honrar a palavra, a seguir os mandamentos, ensiná-la a entender uma obra de arte, a ler um poema e até, a tentar escrever o seu poema.

Uma mulher sou, que sabe o significado de cada letra da palavra "amigo", que sabe valorizar cada um dos que tem, aceita-los em qualquer circunstância e tentar sempre, mesmo quando julgar impossível, estar ao seu lado na hora da tristeza e do pânico, das lágrimas e da solidão, por saber que nestas horas, tão poucos são os que ficam.

É, esta mulher sou, tola, romântica, sensível, crédula... antiquada mesmo, que ainda acha que são lindas as diferenças entre um homem e uma mulher mas que acima de tudo, ainda acredita no amor verdadeiro, eterno, infinito, além desta vida tão frágil e banal de nossos atuais dias. Lamento pelos que perderam o lirismo de seu coração, entristeço-me pela falta de tempo dos que vivem em função de um relógio até para dizer simples palavras como obrigado, por favor, eu amo você... e lamento especialmente pelos que esqueceram-se do encanto existente num botão de rosa a desabrochar ou numa doce e simples maçã do amor.15/11/2006


SOU DO TEMPO
Margaret Pelicano

Sou do tempo em que jogar amarelinha era a mais doce diversão;
Brincar de pique-esconde exigia concentração;
Galgar as árvores mais altas requeria elasticidade;
Andar sobre os muros das casas, era ter equilíbrio e sagacidade...
Sou do tempo da boa vizinhança, da boa vontade;
Alziro Zarur falava para qualquer idade;
Pular fogueira de São João não era pagar mico;
E em pensamentos eu falava contigo...
Sou do tempo do amor puro, do beijo de selinho;
Andar de mãos dadas na praça da cidade,
era estar namorando, compromisso, respeito;
Dançar de rosto colado era paixão sem jeito!
Sou do tempo em que carinho era gostoso demais,
nem se sentia vergonha de pedir um abraço;
amigos eram de verdade, não somente colegas...
quanto mais tempo tinha a amizade, mais pregas...
Ah! sou do tempo de tanta coisa boa,
de voltar do colégio cantando: Do you want to dance...
e há quem pense:
Que coisa boa! Outros, que bobagem, meu Deus!
Mas o que realmente vale a pena,
é que sou do tempo do amor incondicional aos pais,
à escola, aos filhos, nossos iguais!
Sou de um tempo maravilhoso demais!
Brasília - 25/05/2008

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sábado, 24 de maio de 2008

POEMA DA TRANQUILIDADE


Quisera acordar um dia
e em meio à matinal Ave Maria
descortinar um mundo novo,
encontrar só sorrisos no meu povo!

Nas crianças, senti-las protegidas
as ignomínias aprisionadas e vencidas,
muito verde, muito sol, muito mar
barcos velejando, crianças brincando

sem medo , sem se perderem,
só se achando, os pais a lerem
suas alminhas, cuidando como tenras flores
livrando-as dos horrores

que por ventura ainda existissem!
Quisera, ver sorrisos desabrochados
como tulipas na primavera,
todos felizes e alimentados...

Desta feita, sem deslizes
ver as famílias em harmonia,
a droga extinta,
polícia sem ter o que fazer,

todos trabalhando, os presídios vazios,
e no lugar deles, escolas, escolas,
muitas escolas plantando o bem
sem olhar a quem...

Será utopia? As estrelas parecem utópicas!
No entanto, brilham no além
mostrando que Deus existe
e que Dele é o palpite:

Destronar preconceitos,
ver no próximo um irmão,
respeitar tudo e todos,
nos laços da união!

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quinta-feira, 22 de maio de 2008

VENTRE DOENTE


O ventre da terra
em espasmos,
regurgita
o terror que tem ingerido
ao longo dos séculos de dor...

O ventre da terra palpita,
não suporta o veneno mal querido,
a poluição que queima a pele áspera
a fera que mata a vida,
o plástico, o vidro, o isopor...

O ventre da terra
está doente
e inconsequente
estoura suas veias,
quebra-se em torrentes de calor...

em maremotos, ciclones...
Tufões são alazões
correndo sobre a crosta
espalhando pavor,
digerindo gente..

Só Deus sabe
quando a semente
da consciência vai brotar
nos corações humanos
e alevantar a esperança

capaz de recuperar a terra
e toda sua abundância...
aí então, o ventre da terra curado,
recuperado da ganância
do homem, será o Paraíso desejado!
Brasília - 22/05/2008

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domingo, 18 de maio de 2008

PARA MARCELO ARRUDA




Marcelo, hoje perdi muito do que queria!
Queria você como amigo ad infinitum!
Você foi e as flores do meu jardim de amigos,
chorosas, murcharam em lamento...

Durante o ano em que foi meu aluno,
você foi sorrisos, dedicação, sustento!
Não sei como chegar à sua família tão pesarosa
tenho que passar forças a eles...e como?

Como devolver a eles o brilho perdido?
Dorido o coração, na perda de sua vida!
Tão jovem, você se foi. Sinto saudades:
do brilho de seus cebelos negros,

do seu sorriso, do seu amparo no meu cansaço...
Com certeza as salas de aulas
do céu, o receberão, felizes...
e eu aqui, choro do destino, o deslize...

Levou-o na flor dos anos,
tão querido, educado, responsável,
o filho que muitos queriam ter...
vá com Deus, jovem alado, logo estarei aí para o ver!

Para Deus, não existe o nosso tempo,
ele é ininterrupto, contínuo como o vento...
quando o encontrar o abraço será fomento
para colocar o papo em dia...

Até breve, Marcelo, seja feliz na sua alforria!

Brasília - 18/05/2008 - Falecido nesta data!

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sábado, 17 de maio de 2008

DEPENDE DE NÓS


Depende de nós o término da violência,
depende de nós o recomeço;

Depende de nós eliminar a guerra,
depende de nós construir a paz:
inicialmente dentro do próprio lar,
depois, espalhar como gotas de chuva pelo ar!

Depende de nós melhorar o mundo,
evitar tropeços,
plantar árvores, respeitar os animais
confiar em Deus, e na força da natureza...

Depende de nós ser Luz, Lua, Sol
na vida dos outros, fazer gol;
e não levar a outrem as trevas, lama, esgoto
que enfeia e dá desgosto!

Tudo depende de nós:
um Planeta limpo e sadio,
ver o irmão no rosto do outro,
colaborar com o plantio
da calma,
do sossego
bem alimentar a alma...

Depende de nós, eliminar a patifaria,
os maus tratos,
a pedofilia!
Crianças são anjos!

Depende de nós
proteger o amanhã:
a água pura,
o limento sadio...

Depende de nós abominar o frio
do espírito vazio!

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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Mensagem Humanística






"Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles."
Philip Ochoa

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segunda-feira, 12 de maio de 2008


ESPECTROS
Margaret Pelicano

Dentro de mim vivem
os mistérios da infância:
assombrações, sacis, mulas sem cabeça,
ávores gigantescas
por onde subia numa louca ganância:
chegar às alturas...

Dentro de mim, colhidos
estão os frutos saborosos,
os prazeres do paladar,
a inocência do caminhar
com pouco receio
e de permeio a adolescência...

Bem dentro de mim,
ela vem chegando
e não mais me abandona,
lembra uma mãezona
ditadora até à velhice,
é então que acontece o inesperado:

os espectros vão tomando conta
da lembrança desafortunada:
deixo minha cidade,
mas ela não me abandona,
me acompanha,
deixa-me cheia de rastros!

São as ruas onde brincava na infância,
as comidinhas com farinha de milho e açúcar;
as roupas domingueiras de organdi,
o cantar no programa infantil da rádio,
a primeira paixão, as rosas,
as serenatas para mim...

Depois, deixei os amigos, sumi,
nem pensar, viver ali,
pareceu-me ser lugar escuro,
sem futuro,
esqueci do brilho do sol,
das lindas noites repletas de estrelas...

Nem percebi que na América Latina,
os dias são lindos em qualquer lugar,
saí de minha cidade,
arrumei a vida, a velhice,
e hoje, me chamam, minhas raízes...
Eu parti, mas a cidade não apartou-se de mim!

Brasília - 10/05/2008

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quinta-feira, 1 de maio de 2008

VALHO-ME ENTÃO DO POETA


Se o Estado é sempre o mesmo, podem mudar 'zilhões' de administradores, que o estado tem que pagar o que deve aos funcionários!
Aqui em Brasília ocorre algo interessante: Se um governador toma posse, não quer pagar o que a gestão anterior deve!
Pode isto? Não consigo entender os descalabros deste país!
É como diz o ditado: "Farinha pouca, meu pirão primeiro"?
Ou vale o ditado: "A honra é a bússola dos homens de bem."
Ou será ainda que pensam assim os homens públicos: "Honra e interesse, não cabem no mesmo saco."
O que me interessa mesmo é denunciar este tipo de desrespeito com o professor do GDF. Aposenta e fica refém da seguinte frase: " os valores que você tem para receber já estão lançados na Folha de Pagamento. Quando o governo tiver verba, ele paga!"
Quando o governo tiver verba ele paga? Quer dizer que se não tiver nunca, não recebo nunca? Sou concursada, fiz também prova de títulos na época, aposentei-me com 30 anos de trabalho em carteira, 36 anos no total. Trabalho desde os 15 anos e quando o patrão tiver verba ele paga?
Como diz o povo mineiro: estou desacorçoada!
É um andar pra cá, pra lá, desde 2005 e ninguém resolve! Não se negocia! Não se paga nem devagar, nem em parcelas!
Não tenho para onde fugir: se entro com processo, recebo em precatórios que me aguardam morrer para não terem que pagar. Se não entro com processo, não tenho esperanças!
Valho-me então do poeta: Carlos Drummond de Andrade :
E agora José?
A festa acabou,
a luz apagou,o povo sumiu,a noite esfriou,e agora, José?e agora, Você?Você que é sem nome,que zomba dos outros,Você que faz versos,que ama, protesta?e agora, José?
...........................
Com a chave na mão quer abrir a porta,não existe porta;quer morrer no mar,mas o mar secou;quer ir para Minas,Minas não há mais.José, e agora?
.............................
Se você gritasse,se você gemesse,se você tocasse,a valsa vienense,se você dormisse,se você cansasse,se você morresse....Mas você não morre,você é duro, José!

Brasília - 30/04/2008

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ANJOS VOAM LOGO PARA O CÉU


Isabella, perdoa a barbárie humana
de que alguns homens são afeitos!
Perdôa a ignorância que consome
as vísceras; os trejeitos
honestos dos falsos!

Eu não queria me meter
em assunto tão polêmico,
mas a verdade seja dita:
são muitos e variados
as injúrias, os cadafalços,

e a poesia, que não mente nunca,
e não trabalha só com o belo,
aponta a lança maldita
da inveja, do ciúme, da maldade,
denunciando os atalhos...

estes, ferem, machucam vida inteiras!
Você um anjo bemfazejo
voou para longe da sujeira,
e nós aqui estamos lutando
para um dia limpar esta canseira!

Anjos aqui não ficam,
a energia pesada demais
incomoda os sentidos capitais!
Ficam aqui a miséria em todos os sentidos,
você, foi aos páramos siderais!

Brasília - 29/04/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 10:58 2 Comentários

poesias, contos, crônicas, cartas