Margaret Pelicano

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

MEU PLANETA VEIO PARA FICAR E NÃO PARA ACABAR




Dizem que o lixo é um luxo,
Dizem que o lixo é lucro,
eu só sei que lugar do lixo é no lixo,
e separar o lixo é tudo...


Tudo? Que pronomezinho 'sacal'!
Tudo é tudo ora bolas...
e se dentro dele estiver lindas carambolas?
Separemos o lixo afinal!

Garrafas pet, garrafas de vidro,
caixinhas de leite, papel limpo,
tudo pode virar utilidade
ou criatividade, genial!

Móveis de garrafas de plástico,
já se tem por aí...
casa da caixinha de leite também,
e fabricas de conduíte do que é reciclado.

O que realmente precisa ser mudado
é a conscientização!
Separar o lixo, parece complicação!
Não é! É questão de educação!

É questão de cuidado com a natureza,
aproveitar o orgânico, limpar a correnteza:
adubo para lavouras, jardins,
gaz natural, tornar o planeta uma beleza!

Manter as águas limpas, enfim,
sem sujeiras é essencial,
ser responsável com a terra,
com os animais e plantações,

não puluir,
não envenenar...
Caso não mudemos nosso comportamento
logo não estaremos
mais aqui,
pra contar!...

Brasília - 29/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 20:28 0 Comentários

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

SOS - FLORESTAS




Graves são os danos que assolam as florestas brasileiras!
Dificil a recuperação depois de uma queimada ou corte de madeira!
Por isso deve ser obrigação costumeira,
proteger os povos que dependem da floresta,
os rios, as árvores, a variedade de animais!

Se continuarem os desmatamentos,
tais paraísos terão mortes fatais
facilitando o ir/reversível aquecimento global
em busca do enriquecimento desumano e certo!

A ONU já alertou: quem vai singrar os mares da destruição
será responsável pela devastação,
pela falta de água no final deste século
e a consequente falta de alimentos!
Levará pois, uma vida de tormentos!

SOS - Florestas grita por uma mudança de atitude;
fala-se tanto em manejo sustentável!
Aprendamos a utilizar sem depredar?

Horroriza-me saber que o Ibama,
e o Ministério do Meio Ambiente do meu país,
permitem tal cicatriz na terra, no mar, no ar!...

Tratada como pobre meretriz
está a floresta!
Há o tráfico de animais silvestres, forma mais doentia de amar...
Como este verbo perdeu o senso de aos povos educar...
estes mais destróem do que vêm ajudar!

O pássaro bicudo, a cuíca-de-colete, o sagüi-de-duas cores e o coatá,
poderão ser extintos se todo o povo brasileiro,
se acomodar!

S.O.S. minha gente,
povo esclarecido do meu Brasil, da minha nave estelar!
Não sejamos os primeiros
à floresta danificar!

Brasília - 03/02/2007
Este texto está no Ciranda das Letras

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escrito por Margaret Pelicano às 19:00 0 Comentários

domingo, 27 de janeiro de 2008

AS FACES DO PLANETA




Uma lágrima sombria rasga a face do planeta!
África, América do Norte, América do Sul,
Europa, Oceania, em escombros;
Atlântico, Pacífico , Índico purulentos;
Mar Báltico e Mar Mediterrâneo, destroçados...

Estão achacados, uma explosão de poluição,
um extermínio de animais e vegetação,
o planeta geme em combustão,
internamente estremece de exaustão...

Como um Cristo cruxificado, exangue
cansado demais, escorre-se em sangue!
Regenerar-se ininterruptamente,

matar tanta fome de comida e saber,
aplacar ignorâncias e guerras consome,
chora o planeta em transe, não quer mais sofrer!

Brasília - 27/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 18:09 0 Comentários

TROVA NOVA


No jogo do bem me quer
ganhou o mal me quer,
a vida ficou sem gosto,
hoje sinto-me a sol posto!

Brasília - 27/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 13:31 0 Comentários

sábado, 26 de janeiro de 2008

PRESENÇA DIVINA - Élio Mollo


Basta olhar ao redor

e sentir a Sua presença

na beleza de uma flor.


Mesmo em noite escura

Sua presença se nota

No cintilar das estrelas

e no brilho da Lua.


Sua presença é sentida

na potência do Sol,

nas gotas da Chuva,

no movimento do Vento,

na Brisa suave

que faz produzir o alimento.


Com o Seu amor em ação

nada lhe faz limitação

mas faz na sua criação

vidas em contínua movimentação.


No sorriso de uma criança

Deus mostra a Sua presença,

provocando uma fantástica emoção.


24/10/2007



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escrito por Margaret Pelicano às 21:59 0 Comentários

DA INDISCIPLINA




A corda bamba da vida
só aceita bons equilibristas.
Qando nasci, ela deu-me a sombrinha
que ajuda ao equilíbrio do artista...

Orgulhosa e metida, confiante à beça
comecei a andar sobre a corda, em festa.
Sentindo-me segura, joguei a sombrinha fora,
como me fez falta a tal peça...

Logo me esburrachei, quebrei o pé
curado à arnica e outras ervas,
até hoje me dói no arrasta-pé
os artelhos e dedos ficam em trevas.

Em decorrência disto,
houve problemas no joelho, nos quadris,
e foi subindo até à cabeça
hoje deploro os erros viris...

Coisa boa, fosse só isto,
sem a sombrinha do equilíbrio
nada me acerta a coroa:
muito do que penso é incorreto, desacorçoa

Erro sem premeditação!
Na premeditação me desperto
mas cadê a coragem para agir
partiu para o deserto.

Neste lenga-lenga absurda
percebi que ser sozinha não é tudo,
é preciso um apoio, um sobretudo
para não quebrar o outro pé, nem ficar surda.

Precisou de muito tempo
para aprender a lição,
ainda hoje erro,
falta-me a dedicação...

A vida, por sua vez,
conhecendo-me indisciplinada,
vai cobrando a sensatez
e eu ficando desesperada...

Ela não se cansa
e nem se preocupa com o tempo,
sabe que um dia me alcança
e mudo o temperamento!

Brasília - 26/01/2007

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escrito por Margaret Pelicano às 11:25 1 Comentários

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O PIANO, O ACORDEÃO, A VOZ






Ela era pianista. Eu cortava caminho para a ir à escola, todos os dias, pela rua onde ela morava só para ouvi-la tocar.

Os pais de minha prima, primogênita na família, tinham mais recursos e ela foi para a aula particular de piano. Eu ficava só a imaginar. Nunca tive coragem de pedir a ela para ir junto e vê-la aprendendo aquelas notas lindas, eternamente a soar nos meus jovens ouvidos.

Por outro lado, não tinha tempo a perder, a rua era o meu lugar. Sempre brincando de pique-esconde, de amarelinha, de escolinha, de cirquinho - onde a moeda para o espetáculo eram palitos de fósforo - enfim tinha o dia cheio.

Aprender piano era um desejo antigo, a melodia me enchia a alma.Mas eu teria que pensar, e quem brinca, não tem tempo para raciocinar em partituras. Era questão de proridade, e minha prioridade era pintar e bordar durante o dia todo.

Também tinha uma prima que tocava acordeão. Era coisa linda de se ver, de dançar, apreciar. Ela tocava na sala e pela janela baixa da casa eu era atraída, ia correndo olhar. As duas lindas, sempre com vestidos de organdi bordado e babadinhos. Este luxo só me era reservado aos domingos.

Como eu tinha muito que o que fazer depois da escola, era uma obrigação pintar os sete e os dezessete, era muita energia, não dava para economisar, minha veia artística voltou-se para cantar. Passava na Rádio Difusora Paraisense e deixava o meu nome para cantar aos domingos pela manhã no programa : Estrelinhas do Paraíso.

Aos 14 anos, um professor me mandou ler na sala de aula. Disse que eu tinha uma voz linda e perguntou se queria ser locutora de rádio. Um salário pequeno na época, mas eu não ganhava nada, aceitei! Treinei dicção com este professor durante um mês e me iniciei no mundo do trabalho: sem registro, sem carteira, sábados, domingos, feriados, dias santos, sem parar. Um tempo que foi bom, recebia elogios, apresentava programas de auditório, mas para o INSS o perdi. Serviu-me no futuro para ser exímia contadora de histórias; para declamar poemas para os meus alunos, ali encantados. Só assim se calavam e eu podia iniciar minha aula . Aliás, a maioria ama história e poesia!

Voltando à professora de piano. Ela era séria, famosa na minha cidade pelas sinfonias que sabia executar. Fui crescendo e admirando tal 'performance'. Um dia ouvi minha mãe dizendo q. ela estava com câncer na boca, nos meses seguintes tirou o tumor, ficou com o rosto deformado e no final do ano virou estrela. Tudo rápido e trágico.

Minha prima perdeu a professora de piano. E ficou ali morrendo de vontade de aprontar o que eu aprontava. A outra parenta também não podia ficar nas ruas de minha cidade, antigamente sem perigo algum. Coitadas, tinham que viver limpinhas e engomadas.

Eu fui deixando as brincadeiras de rua e os banhos com cacos de telha para tirar o 'macuco'. Comecei a ir às matinês dominicais, depois ao cinema nos finais de semana para flertar...

Vejam que meu tempo era curto, muita vida para organizar e gozar! No cinema, do flerte passei ao namoro. Quanto suor na hora de namorar: -ai meu Deus, lá vem ele, vai pegar a minha mão! Ele vai ou não vai pegar...e o filme passando, eu toda a me arrepiar.

Terminado o filme, saíamos separados. Sair junto era compromisso. Andar de mãos dadas era noivado, a gente ficava andando pela praça a sorrir e a se olhar.

Brasília - 25/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 14:49 0 Comentários

CARTA


Querida Adriana,

Desejo que você esteja, feliz, onde estiver. Impossível ser de todo feliz no mundo espiritual, deixando aqui uma filhinha!
Estou escrevendo a você, para agradecer alguns ensinamentos, vindos de pessoa tão jovem: "mesmo que eu tenha dinheiro algum dia, filhos meus estudarão em escolas públicas. Não aprecio pessoas iguais como se tivessem saído de fábricas de biscoito, todas pensando do mesmo jeito, agindo do mesmo jeito, robôs."
Eu, mais velha que você, podendo ser sua mãe, ouvindo ensinamentos tão profundos. Parecem não ser, mas são! Iguais, só adolescentes porque sentem-se bem assim, junto aos colegas. Assim mesmo, alguns dão o grito de liberdade apreciando o diferente.
Quando aprenderemos a ouvir o outro e pensar sobre o que ele diz ou faz, sem julgá-lo? Sem criar muros para entendê-lo? Sem querer que ele goste, faça ou fale como eu. Cansada estou de pensar sobre isso, esforçando-me loucamente para mudar e não interferir na vida do outro, a não ser para ajudá-lo quando ele quiser.
Ligo a TV, acidentes com morte, todo final de ano é assim. E no início dele, IPTU, IPVA, MATERIAL ESCOLAR , MATRÍCULA de crianças...o dinheiro parece uma cachoeira, indo embora, sem podermos usá-lo para realizar sonhos.
Como é bom sonhar. E como é bom realizar muito do sonhado.
Sabe Dri, a vida é um eterno jogo de interesses e como estou cansada disso. Golda Meir - 1898 a 1970, primeira ministra de Israel dizia: "Um líder que não hesita antes de mandar seu país à guerra não está pronto para ser um líder". No meu ponto de vista, foi uma grande mulher, e como admiro grandes mulheres, desde a bóia-fria que planta e colhe os alimentos que como, desde a doméstica que deixa minha casa limpa e cheirosa, desde a frágil menina que medrosamente vai para a escola, apavorada no primeiro dia, até uma mocinha como você, que era minha chefe, desencarnou tão jovem, mas fez muito pelas escolas públicas do DF, naquele nosso trabalho de formiguinha, lento, diário, mas preciso, forte que é deixar nossos dois ou três filhos em casa e educar 500, 700 filhos dos outros por mês, 400 mais ou menos por dia! Você foi também uma grande mulher.
Por isso, minha amiga, você sabe que o que digo é verdade, você virou estrela e lê as verdades de minha alma, poderia se corresponder comigo em sonhos, contar-me sobre os trabalhos do mundo espiritual para fazer os mundos desenvolverem-se e ajudar-me a compreender melhor o que estou fazendo aqui, quando bate a desesperança. Padre Antônio Vieira - 1608 a 1697, missionário e orador sacro português dizia: para falar ao vento bastam palavras; para falar ao coração são necessárias obras. Continuemos, pois, trabalhando.
Doce e querida mestra do bom senso e do trabalho sério, agradeço a Deus ter conhecido você, tão culta, corajosa, infatigável na educação do homem. Se puder, gostaria de receber o retorno, seu, ou de outra alma vivente para filosofarmos sobre a função do ser vivo no universo.

Abraços, Margaret

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escrito por Margaret Pelicano às 14:07 0 Comentários

DESAPRENDER - Alex Pacheco



Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros. Tem que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramático, tens que aprender a ser mais discreto, tens que aprender...praticamente tudo. Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes. A gente lê, a gente conversa, a gente se mata pra tirar nota dez no quesito “sabe-tudo”. Pois é. E o que a gente faz com aquilo que a gente pensava que sabia???As crianças têm facilidade de aprender porque estão com a cabeça virgem de informações, há muito espaço para ser preenchido, tudo é bem-vindo na infância. Mas nós já temos arquivos demais no nosso hd cerebral. Para aprender coisas novas, é preciso antes deletar arquivos antigos. E isso não se faz com o simples apertar de uma tecla. Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender.Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado. Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz. Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os dias passam cheios de oportunidades.A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.E ir de encontro ao NOVO!!!

AlexPacheco - 01/2008

Ótima semana, sempre!

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O PICADEIRO




No picadeiro do coração,
rugem os leões indomáveis do egoísmo instintivo
Gozam os palhaços sarcásticos do destino
Equilibram-se faunos formosos e inexperientes demais
na corda bamba da vida.

Em busca do fenômeno, do sucesso
do belo, do inatingível;
bailarinas borboletas pluviométricas
chovem passos sutis no palco da estréia,
suaves demais para uma vida dura e completa!

No entanto, a platéia continua aplaudindo, exigindo que a mente e o corpo
padeça constantemente,
que provoque o riso da assistência,
mesmo que por dentro o coração exploda de infelicidade
e descontentamento...

Mas, o espetáculo não pode parar,
Então passa o pipoqueiro oferecendo o que mastigar
para distrair os horizontes inatingíveis das necessidades
Passa o garoto do algodão doce
Com o açúcar que vem adoçar a vida como ela é...

Porém...observem: tudo passa!
E deixa o seu recado, sua marca a ferro impressa,
tatuagens temporárias de beleza e felicidade
de tristezas e desesperanças,
Mostrando que a vida é só Brevidade
!

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escrito por Margaret Pelicano às 13:10 1 Comentários

A PAÇOCA




Ploc - ploc - ploc
o pilão amaciando a paçoca
de carne seca e farinha
jogada aos poucos
misturando-se ao caldo da carne
minha boca cheia d'água
querendo provar o comezinho,
o sabor inigualável
que deseja também o passarinho,
a rodear os respingos...
Papagaio solta o grito,
só quer pra ele a sobra do repasto
e o aroma espalhado pela vizinhança!
onde todos dizem: D. Filhuca está a fazer paçoca,
que delícia de "comilança"...

-Quero paçoca, quero paçoca!
Aflito está o papagaio, lá no alto do galho!
Fazendo a maior festança!
-Quero paçoca senão vou ter uma sororoca!
Seu José, amansador da carne: -cala a boca atrevido!
Para com a gritaria!
Ele abranda a fala: -Quero paçoca e cafuné!
Voa ao ombro de seu José
que na cabeça lhe dá um beijinho!
Ele ,de um ombro ao outro, aguarda mais cafunezinho...
O pobre velho às escondidas
a paçoca lhe dá um pouquinho
sujando-lhe o bico!
Drrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...louro qué mais paçoca!
- Quieto Louro, se Filhuca descobre,
lá vem o estouro!
E ploc-ploc-ploc continua o pilão
a preparar o manjar dos deuses
a melhor comida da região...
ela vai ficando pronta,
minha boca salivando,
ali quietinha esperando,
sentada num banquinho,
Eita comida das gerais:
carne seca com farinha,
abiscoitados no pilão...
quanta agonia meu Deus!
Quanda chega minha porção!?

Brasília - 30/09/2006

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escrito por Margaret Pelicano às 13:07 0 Comentários

NAUFRÁGIOS




Sei que tu queres saber de meus naufrágios,
adocicar tua existência com o sabor da vingança,
sumir no mapa, deixar-me em deriva mansa
possuir da enganação o sufrágio...

Destemido, acha que o que está no mundo
é só para mim, mais ninguém,
e a grande verdade, meu amigo,
é: o que está no mundo está para ti também!

Se hoje colo meus cacos, perco amuradas,
rasgo minhas velas, recolho os mastros,
derrubada pode ser tua vida, mesmo aquém!

Se tento me curar da desilusão, mesmo no fundo,
minh'alma sobe aos astros e de sabedoria me inundo,
sinto o mar batendo em mim, sou livre nas fráguas!

II

Quisera um dia encontrar-me contigo de novo
e como polvo envolver-te; até matar
esta inconstância! E ver-te homem! Sorvo
do futuro, áulicos desejos de te abandonar...

Assim saberás o que é dor! Morro
na esperança de que isto aconteça
e acabemos com o teatro que está a me torturar!
Torço: um dia estarei na arquibancada

assistindo o teu versejar falso, vazio
de conquistador barato e leviano
que levou-me a águas profundas e frias...

Desta tragédia então, lembrar-me-ei,
foi bom enquanto durou e eu amei,
tu não existes mais, enterrado estás nos oceanos!

Brasília - 21/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 12:52 0 Comentários

Carinhos da Efigênia Coutinho


Estimada Poeta, acompanho sua pessoa, sua poesia, e somente elogios tenho a lhe fazer, pela postura, pela solidariedade que tens com todos a sua volta. O Sucesso, é este conjunto de todos por um e um por todos. Segue um prêmio deste mundo das letras, com afeto, Efigênia Coutinho

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escrito por Margaret Pelicano às 12:17 0 Comentários

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

EM DEFESA DO BEM SEMPRE




EL MUNDO BUSCA HOMBRES


El mundo busca hombres.
Hombres que no se vendan.
Hombres honrados, desde el centro hasta la periferia.
Hombres íntegros hasta el fondo de su corazón.
Hombres de conciencia fija inmutable, como la aguja que marca el norte.
Hombres que defiendan la razón, aunque los cielos caigan y la tierra tiemble.
Hombres que digan la verdad, sin temor al mundo.
Hombres que no se jacten ni huyan, que no flaqueen ni vacilen.
Hombres que tengan valor, sin necesidad de acicate.
Hombres que sepan cual es su puesto… y que lo ocupen.
Hombres que conozcan su trabajo y su deber… y que lo cumplan.
Hombres que no mientan, ni se escurran, ni rezonguen.
Hombres que quieran comer sólo lo que han ganado.
Hombres que lleven puesto lo que deben, y no que deban lo que llevan puesto.

ORISON SWEET MARDEN

*********

O MUNDO PROCURA HOMENS

O mundo procura homens.
Homens que não se vendam.
Homens honrados, desde o centro até a periferia.
Homens íntegros até o fundo de seu coração.
Homens de consciência fixa imutável, como a agulha que marca o norte.
Homens que defendam a razão, ainda que os céus caiam e a terra trema.
Homens que digam a verdade, sem temor ao mundo.
Homens que não se vangloriem nem fujam, que não fraquejem nem vacilem.
Homens que tenham valor, sem necessidade de estímulo.
Homens que saibam qual é seu posto… e que o ocupem.
Homens que conheçam seu trabalho e seu dever… e que o cumpram.
Homens que não mintam, nem se esquivem, nem resmunguem.
Homens que queiram comer só o que ganharam.
Homens que mostrem o que devem, e não devam o que mostram.


ORISON SWEET MARDEN

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sábado, 19 de janeiro de 2008

AOS VALENTES ANIMAIS DESTE PLANETA





Os olhos cansam de ver sempre a mesma cena,
cansam de andar pelos mesmos caminhos,
cansam de ouvir os mesmos lamentos,
cansam de sentir as ironias,
cansam das antipatias...

Os olhos cansam das cobranças,
estas sempre tão indevidas,
cansam dos mesmos bailes,
das mesmas músicas,
das pessoas inconvenientes...

Os olhos só não se cansam de amar,
dos risos sinceros,
das confabulações cariciosas,
das trilhas iluminadas de bondade,
das gentilezas,
de sentir o calor do sol,
da fresca da chuva,
do abraço terno e festivo,
do beijo sincero,
do perfume da flor...

Tenhamos pois,
olhos gozozos
como os mistérios,
capazes de amar tudo o que Deus criou,
amar com tal intensidade
que o olhar do animal nos comova,
que ao tombar uma árvore,
choremos com ela,
que nem passe pela nossa cabeça
qualquer maldade...

Que nossos olhos,
não se cansem mais de amar o Planeta
porque Ele tornou-se o Paraíso prometido
e como tal, a Perfeição!

Brasília - 27/09/2007

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

INOCULAR SENTIMENTOS




Chego a pensar que o pouco tempo em que Jesus passou aqui na Terra, foi por dois motivos: Primeiro, ele não aguentou as miudezas, mesquinharias, malvadezas! Segundo, veio para inocular sentimentos nos corações humanos através dos exemplos, das parábolas, da tolerância...
Quanto à primeira parte nem quero entrar em detalhes. Tudo tão batido, repetido que me irrito ao escrever, ler, pensar sobre tais assuntos. Porém, penso que escrever é minha sina portanto não posso imiscuir-me da responsabilidade com assuntos políticos, econômicos sociais do mundo em que vivo. Agora, a segunda....quer coisa mais interessante do que ensinar ao outro a ter sentimentos? Num mundo frívolo, vazio, cada um pensando infinitamente em si mesmo, não que não seja importante, mas pensar só em si é doença. E doença séria!
Eu sempre disse aos meus alunos: ' temos que ser bons para os outros, nem que seja por egoísmo! Ao ser bom para o outro corre-se menos riscos de violência, assaltos, por que se a pessoa for de boa índole, ao trabalhar na casa de alguém, vai sempre se recordar que foi respeitado e bem acolhido naquela residência, portanto não vai invadir sua privacidade nem lhe dar prejuízos'! Se a passoa não for de boa índole é outra história.
Aí me lembro dos ensinamentos religiosos: A caridade começa em casa! Não adianta ser bonzinho para 'os de fora' e ser mauzinho em casa. Uma tia dizia: "Quem faz os de fora sorrir faz os de casa chorar". Então, é aí que entram os mais importantes sentimentos: se não há amor, há que se ter respeito; se não há tolerância, há que se desenvolver o silêncio refletido - a paciência! E assim por diante!
Todos somos responsáveis por inocular os melhores sentimentos no vizinho, no amigo, nos parentes. Quando uma pessoa perder a paciência, a colaboração, a boa vontade, outro deverá ter. E isto só se consegue através do dar e receber. Se eu um dia recebi, devo repassar. Devo dar o exemplo, por que esta é a melhor forma de educar.

Brasília - 18/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 14:21 0 Comentários

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Brasília - Capital Rural




Gentes de todos os estados,
aqui reverberam seu compasso cultural,
misturam paixões, folclores, com/passos,
é uma riqueza sem igual...

Porém, junto a tudo isto,
carroças trafegam até na Avenida principal
sem o garbo das carruagens inglesas,
carregam papel, restos de madeira, latinhas,
porque reciclar é primordial...

Em contraste com o luxo e o fausto,
de uma cidade de beleza sensual,
cheia de curvas nas tesourinhas,
muito verde, muitas piscinas,
um lago com beleza sobrenatural,
atraindo turistas a conhecer a capital federal,

há uma periferia suja,
com esgotos correndo pelas ruas,
miséria, pobreza, pedintes,
crianças ao abandono
como em toda capital...

Mocinha ainda,
Brasília segue seu curso de beleza estonteante,
corrupção e miscelânea cultural,
precisando urgentemente
melhorar o social!

Brasília - 13/12/2006
Obrigada poeta Má Oliveira pela imagem!

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escrito por Margaret Pelicano às 21:37 0 Comentários

A FOME QUE MATA





A fome que a um mata,
de outro se afasta
tornando-o obeso,
em excesso come tanto,
que não perde peso.

No país rico,
tanto alimento,
não se contenta a gula
que se transforma em gordura,
dificultando qualquer arremesso...

No país pobre,
o povo nem terra colhe,
come barro,
as tripas se reviram em cólicas,
e a magreza, à criança encolhe...
Triste dos abonados pela fortuna...
Um dia prestarão contas?
Se Deus existe,
seu dedo aponta,
e cobra a fome que ao pobre foi imposta!

Brasília - 19/06/2007

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escrito por Margaret Pelicano às 21:15 1 Comentários

A FÉ E A RAZÃO




Fé é a revelação do sobrenatural;
Razão é o conhecimento racional obtido pela revelação;
Ambas beneficiam-se mutuamente!

A Fé está para a ordem sobrenatural das coisas;
A Razão está para a ordem natural ou a Ciência;

A primeira supõe uma intervenção divina;
A segunda uma intervenção das leis da natureza;

São duas situações contraditórias,
mas se complementam harmonicamente;

Uma depende do divino;
outra, submete-se aos métodos da busca da verdade;

Ambas apontam a compreensão do homem e da sociedade;
são gêmeas?...Têm suas particularidades!

Precisamos das duas, são nossa complementaridade:
sem a razão desnorteamos!
Sem a fé, talvez percamos a noção de reciprocidade e solidariedade!

Brasília - 26/02/2007

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escrito por Margaret Pelicano às 20:59 0 Comentários

O QUE PRECISA MORRER EM MIM



Preciso urgentemente fazer uma limpeza mental:
precisa morrer em mim a idéia da dor;
precisa morrer em mim a melancolia;
precisa morrer em mim o baixo-astral...

São tantas as mortes benéficas
limpando o corpo espiritual
que se fizesse em mim uma lista,
iria da cabela aos pés, lista complexa!

Preciso urgentemente me sentir completa,
sem precisar da companhia dos outros!
Para isto mudar é libertar-me,
sentir-me-ei perfeita e aberta...

Serei minha melhor companhia
junto a bons livros, boa música,
terei tempo para meditar e uivar
como loba no alto da montanha
em busca da matilha afim,

quero matar assim
o que não aprecio, o que não reflete
o verdadeiro espírito criado especificamente para mim...

Brasília - 13/01/2008

"Eu não me envergonho de corrigir meus erros e mudar as minhas opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender"
ALEXANDRE HERCULANO

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escrito por Margaret Pelicano às 20:50 0 Comentários

Passagem de Ida e Volta


Quando alguém falar que você devia ter feito algo diferente no passado, responda:
“Se você puder me arranjar uma passagem de ida e volta para o tempo de que está falando, terei prazer em fazer o que diz que eu devia ter feito. Mas se não puder...”
(Dr. Wayne W. Dyer do livro “Não se deixe manipular pelos outros.”)

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escrito por Margaret Pelicano às 18:02 0 Comentários

sábado, 12 de janeiro de 2008

A Era dos Espíritos

"A vida se constrói em grupos e a sinergia para ações construtivas, amorosas, justas e corretas" .
"Se tivermos em nossa natureza amor suficiente por todas as coisas, não seremos a causa de agravo a ninguém; pois esse amor sustenta o gesto agressor, e impedirá nossa mente de se entregar a qualquer pensamento que possa magoar alguém." (BACH in Silva 1997:199 - 200)
Recebi de Matilde Maria, minha acupunturista e compartilho esta verdade!

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escrito por Margaret Pelicano às 18:45 2 Comentários

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Meus Amigos

Margaret Pelicano

Meus amigos são flechas certeiras
ao coração dormente
acordando-me da lassidão dos dias moles
da inadequação das vivências dolorosas...

Meus amigos fazem carreira
de artesão a artistas certamente,
são os jarros de flores sobre o console
e me fazem feliz e prosa

quando o e-mail chega,
quando o telefone toca...
...puxam-me com peleja
lá do fundo da oca
onde submergi...

Meus amigos, são pontes,
são jardins, são lágrimas e sorrisos
e dizer é preciso
que sem eles sou lagoa parada e não monte...

sem eles sou vazia estrada;
e com eles, sou revoada de pássaros,
árvore majestosa, que elegante
sobe aos céus e busca novos horizontes...

Brasília - 09/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 21:04 2 Comentários

Caminho sozinha

P/Arneyde um carinho meu...

Caminho sozinha
Arneyde T. Marcheschi

Nas noites, no silêncio
minha alma caminha sozinha,
faz um trajeto silencioso
em busca de respostas,
para a minha solidão.
Para essa dor que invade
meu coração
que me deixa tão melancólica,
ruindo em mil pensamentos.
Remoendo as angústias,
as tristezas, as saudades....
que invadem como torvelinhos
,meus sonhos,meu devanear.
Nesse turbilhão
mergulho em redemoinhos,
envolta em melancolia,
num passado recente,
em dias de luz
que invadia todo meu ser.
Rebusco na brisa suave da madrugada
fragmentos do ontem,
onde os sonhos eram constantes.
Hoje presença marcante
do escuro inatingivél,
traços indeléveis,
de rastros de lágrimas sofridas
insípidas,doloridas,
que me envolve o espírito
a alma, o corpo.
Que levaram meu sorriso
tiraram minha alegria
deixando como companheira
a tristeza...o sofrimento...
esse vazio continuo,essa
cruel e maldita solidão.
Mergulho em recordações
tentando trazer de volta
um pouco de paz, um pouco
das emoções vivenciadas no ontem,
dessa amarga ,triste
e solitária vida minha.

Vitória.E.Santo 09/01/2008
www.vidatransparente.com.br

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escrito por Margaret Pelicano às 21:04 0 Comentários

Defendendo os Animais Sempre


"Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais,e nesse dia, um crime contra um animal será um crime contra a humanidade."Leonardo da Vinci ( Gif: presente da saudosa Zelisa)


REVOLTA-ME:- saber que o ser humano é tão arrogante a ponto de se achar dono do mundo e dos espaços que o cercam;- saber que o homem se acha imortal, indestrutível a ponto de maltratar outras espécies e até extingüi-las;


HORRORIZA-ME:- saber que extinguimos alguns animais como: Arara-azul pequena, o Maçarico-esquimó e o Minhocoçu;- que outros bichinhos estão em vias de extinção;- que os noruegueses continuam matando baleias;- que para nos alimentarmos de atuns, golfinhos que os adoram, são mortos nas redes de pesca;- que há uma Comissão Baleeira Internacional para regular o sacrifício das baleias e que na verdade é uma comissão fraudulenta: pensa esta comissão que baleias grandes devem ser sacrificadas para não acabar com o número de peixes;


ACALMA-ME:- saber que alguns animais saíram da lista de extinção: Veado-campeiro, Lobo Guará, Gato-do-mato, Doninha-amazônica, Jacaré-açu, Jacaré-do-papo-amarelo, Gavião-real e Surucucu;

ACALMA-ME: - saber que existe o GreenPace; - saber que existem atos humanitários a favor do meio ambiente;


CONSOLA-ME:- ter pessoas que acreditam em Deus; e as que não acreditam, serem boas e humanas, como todo ser consciente deve ser;- ter pessoas preocupadas em manter todo tipo de vida saudável;- saber que há pessoas que acreditam no amor e no seu poder de consertar e conservar o planeta;


QUISERA:- conhecer-me melhor e a outros homens também;- saber mais da evolução da consciência; e, por que o ser humano pouco evolue e tão lentamente;- perceber que a inteligência está sendo empregada para o bem;- conhecer mais pessoas preocupadas com a biologia da conservação;


SINTO PENA:- dos arrogantes;- dos egoístas;- dos medíocres;- daqueles que não aprendem as lições da vida e da natureza;


E POR FIM, tenho a consciência:- de que somos só mais uma espécie no planeta, dentre todas as outras;- que o mais importante que uma espécie pode fazer por outra é salvar vidas animais ou vegetais;- que a forma mais adorável de acordar é perceber que o mundo está em paz, sem mortes desnecessárias e violências de qualquer espécie! E que para isto é necessário muita educação, respeito, e muita prece!Brasília - 02/02/2007

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escrito por Margaret Pelicano às 15:29 1 Comentários

Para dois Tiagos - Homenagem e Poema








Tiago Capdeville ,
meu amigo, meu ex-aluno, sempre presente, mesmo à distância ajudando-me a divulgar meus poemas e de amigos! Desde sempre agradeço-lhe o trabalho de webdesigner no seu restrito espaço de tempo!




E como é mais de um Tiago que Deus resolveu me enviar como aluno, coloco aqui a poesia que fiz para um deles que também adoro de montão! Margaret


EU SEI - II
Margaret Pelicano

Eu sei de seu sufoco,
seu falar rouco,
seu pescoço dado a ofertar
a quem quiser sugar!

Eu sei de suas vontades
de ultrapassar o imaginário
E viver eternamente em chama
acesa de desejo louco

Quisera ter ouvidos moucos,
para não ouvi-lo ladrar,
uivar de fome insaciável
ou de espamos de dor

Com a solidão sempre presente
amor sempre ausente
inconfessável, melancólico,
Corpo em frangalhos,
atados pelo sistema
aparência louvável....

só a arte, as cênicas para libertar você
fazê-lo viver muitas e muitas vidas,
que deixaram de ser vividas
que não conseguiram vir a ser..

Por que você é muitos em um corpo só....
Sei de suas mutações,
espantalho de vida,
alimentando ilUSÕES.





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escrito por Margaret Pelicano às 15:08 0 Comentários

DUETO POÉTICO: WOO E Margaret



Sou Yara
te encanto e renasço
e quando te tenho em minhas mãos
mergulho na minha solidão
e desapareço na lagoa dos teus desejos
ByWoo
06-2006

**********

Sou Yara,
nas teias das águas te encanto
e para maior espanto
em teu corpo renasço
e de beijos ardentes me faço

Margaret Pelicano
Brasília - 11/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 14:32 0 Comentários

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Website

Para mais Poesias,
Duetos, Crônicas,
Contos e Cirandas
de
Margaret Pelicano
e amigos
escrito por TC às 23:45 2 Comentários

Dueto com Rosângela do Valle Dias

Minha Amiga Rosângela do Valle Dias em 2004 também me honrou com um carinho. Segue nosso DUETO!

Para Margaret com carinho
em 09/novembro/2004


FLORESCER DE MARGARET
(Rosângela )

DE TANTOS GALHOS FAÇO
COM UM SIMPLES TRAÇO
UM DESTINO...UM PEDAÇO.

EM SONHOS A FANTASIA
SE REALIZA EM DEMASIA
E COM TANTA MAESTRIA!

MARGARET SE CURVA EM VERSOS
REVERENCIA EM AMPLEXOS
E COM TANTOS REFLEXOS
FLORESCE, VERGA E NÃO QUEBRA
SEU GALHO NA ÁRVORE DE DEUS!

VOA MARGARET...
VOA LIVRE...
VOA NO VENTO...
VOA NO AMOR!!!


Galhos de Deus
Margaret Pelicano
Vergar e não quebrar
eis o segredo da gestação da vida.
Ser como galhos flexíveis
verdolengos,
macios, construtores...

Ser, às vezes, galho chibata, que fere,
e no entanto traz sabedoria.

Galho que se curva e enfeita um vaso da China
ou decora uma Ikebana,
e, em forma de gota da chuva,
à natureza reverencia.

Galhos sedosos, acariciadores,
suaves, produtores de frutos;
às vezes, açoite
em noites de horror, de solidão
gerindo todo ele,
a fantasia, o sonho, a realidade,

tão mesclada de seiva
in/diferente ao destino trágico ou não...
sim...nos galhos está a sabedoria:
ser galho que transporta seiva,
sangue que jorra vida,
veias de Deus,
que calam na alma o amor que precisa ser vivido...

Ser qualquer coisa, mas ser...
ser de tudo um pouco:
de humildade, de aprendizagem constante,
ser homem e mulher,
biunívoco...

Ser...um galho da árvore de Deus!
Ser cosmos, pertencer,
partilhar,
ser a Ikebana a florescer flores duradouras
em escala hierárquica de valores
ser haste para a flor,
florir-se, deixar-se murchar firme,
vigorosamente
eternamente amor...

Brasília - 05/10/2004
(recadinhos? Clique em COMENTÁRIOS!)

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escrito por Margaret Pelicano às 18:33 0 Comentários

Poema do Jorge Humberto

EM 2003 RECEBI DO AMIGO JORGE HUMBERTO ESTE POEMA QUE MUITO ME EMOCIONOU! Obrigada amigo!

AS MÁSCARAS DE MARGARET

(à Margaret Pelicano)


Dama de fino trato
E delicadeza no gesto,
Contemplativa e pertinaz,
De um humor refinado
Nas estepes da sua imensa
Sabedoria,
Voluntariosa e amiga,
Mulher, menina e moça,
Amante do reino
Das mil e uma fantasias,
Experimentada poetisa,
De saber urbano,
Ofélia de todo o vate,
Camélia de Dumas,
Nos Diálogos com Platão,
Madre e filha de toda a palavra,
Ave que transportas
Changrilá no botão dos teus lábios,
Quem dera ao Mar
Ter do Garrett,
A excelsa presença,
Com que o poeta te pudesse cantar.


Jorge Humberto
(28/12/2003)

A assinatura é presente da Regina Lu - grata

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escrito por Margaret Pelicano às 18:27 2 Comentários

Dueto com Jorge Humberto



Meu passarinho
Jorge Humberto

Meu passarinho,
que te foste assim,
leva o meu carinho,
e lembra-te de mim.

Hoje és outra vez,
neste que arribou,
tem pinta branca a tez,
eis que já chegou.

Passarinho branco,
sempre te cuidarei,
és novo no encanto,
que o outro já guardei

no meu coração,
que é onde ele canta,
de sua assunção,
em plena garganta,

pois inda agora o ouço,
é lindo de morrer,
este gentio moço,
que comigo veio viver.

Jorge Humberto
Portugal - 15/08/2003



PASSARINHO, MEU AMIGO
Margaret Pelicano

Passarinho meu amigo,
quero ser um cantador,
preciso ouvir o seu trilo
que me inspira ao amor

A cada um de seus trilares
lembrar-me-ei de mares
amores, lares...
desfeitos ou a fazer

Em cada manhã,
logo ao alvorecer,
quero passarinho branco
esquecer o meu sofrer.

Acordar com esperanças
de dias melhores que virão
ouvindo sua melodia
e a música do amor em meu coração

Quero da natureza fazer parte,
nem que seja em um barracão,
ter o telhado de árvores
e os luzeiros de estrelas clareando o meu sertão.

Em noite de lua cheia
ouvir a coruja que pia,
ter as aves como companheiras
de noite e de dia...

Essa é a melhor recompensa,
ter a natureza como amiga,
ela não trai a esperança
e ainda ajuda a fazer cantiga.

Seja passarinho amigo
meu eterno colaborador,
melodias juntos faremos,
sobre dor ou sobre amor....

DF - 16/08/2003
(Querendo deixar seu comentário clique em COMENTÁRIO!)

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escrito por Margaret Pelicano às 18:21 2 Comentários

O Exemplo Arrasta


Redação do Momento Espírita

Um amigo recém-chegado da Europa contou-nos uma experiência curiosa.

Disse que caminhava pelas ruas de determinada cidade européia, em companhia de seu anfitrião, quando resolveu atravessar a rua a alguns metros da faixa de segurança.

O anfitrião segurou-o pelo braço, impedindo o gesto e observou:

Não faça isso! Crianças podem estar nos observando e fatalmente irão imitar nossa atitude, atravessando a rua fora da faixa de segurança. Não sejamos nós exemplo de indisciplina.

Se todos pensássemos e agíssemos assim, a disciplina seria uma realidade em qualquer situação.

Ao contrário, mesmo conduzindo as crianças dentro do próprio veículo, damos múltiplos exemplos de indisciplina.

Avançamos o sinal, paramos em fila dupla, fazemos ultrapassagens perigosas, excedemos os limites de velocidade, entre outras infrações.

O que poderemos esperar das crianças que convivem constantemente com essas situações?

Não nos iludamos que elas, quando crescerem, agirão de forma diferente, pois o exemplo arrasta. Principalmente o exemplo dos pais que, de maneira geral, os filhos têm como heróis.

Esses hábitos observados desde a infância, formarão o caráter dos pequenos, que mais tarde estarão dirigindo pelas ruas e rodovias, tal qual aprenderam com seus pais e outros adultos.

Junto a esses exemplos de indisciplina, há outros não menos prejudiciais.

A mentira, a corrupção, a preguiça, a acomodação, a violência, a indiferença, entre outros.

Alguns pais dirão que, para certos filhos, o exemplo não resolve.

Diremos que, embora os resultados não apareçam de imediato, mais tarde germinarão e frutificarão, desde que as sementes foram lançadas.

E se reforçarmos, com a nossa má conduta, a rebeldia que já trazem do passado, estaremos deformando ainda mais o seu caráter, e responderemos por isso.

Não olvidemos que nossos filhos são Espíritos reencarnados e, como tal, trazem a bagagem de experiências vividas ao longo das existências.

Experiências felizes ou não, que cabe aos pais perceber e trabalhar de forma eficiente nessas almas que Deus lhes confia como filhos.

Assim, tenhamos em mente que sempre poderá haver alguém mirando-se nos nossos exemplos.

Por isso, esforcemo-nos para dar exemplos dignos de serem imitados.

Lembremos que somos responsáveis, perante as Leis Divinas, por tudo o que resulte do nosso comportamento.

* * *

Não basta apenas não praticar o mal, para corresponder às Leis Divinas.

Dizem os Espíritos Superiores que é preciso fazer o bem na medida de nossas forças. E que responderemos por todo o mal que resulte do fato de não termos praticado o bem.

Redação do Momento Espírita.

Em 09.01.2008.

http://www.momento.com.br/ //http://aeradoespirito.sites.uol.com.br/

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escrito por Margaret Pelicano às 10:06 1 Comentários

Sururu em Brasília


SURURU EM BRASÍLIA
Margaret Pelicano

Foi um sururu na cidade
a questão da CPMF,
vai entrar para a história
e a população agradece!

Alguns não gostam de política,
mas desta vez o povo venceu
tanto pressionou o Senado
que o fato aconteceu...

Se foi bom ou mau o negócio,
não sei, sei que tirou o Senado do ócio
e o povo acompanhando
desta vez entendeu

que sem pressão, vigilância e constância
o povo não tem vez!
Era um imposto diluído
não se notava, mas o governo tirava partido:

era repassado do trigo à farinha,
da farinha ao pão, do pão à mesa,
de 0.38 creio eu, chegava a mais de um 1%,
com certeza!

Não pretendo me alongar,
nem fiz ciência política,
mas fiz Letras
e com as palavras sei lidar.

O que quero mesmo aqui deixar
é: atenção minhas altezas,
estamos de olho nas direitezas:
- sem ordem social o povo fica a largar;

Queremos bons governantes,
para esta ordem conquistar,
mas exigimos trabalho e honestidade
estas nunca podem faltar!

Depois deste sururu em Brasília
alguns acharam que o barco ia naufragar,
outros respiraram aliviados
a consciência do povo voltou a imperar!

Agradeço aqui este ano novo,
fazemos a história
e não buscamos glória,
mas queremos o respeito implantar!

Se acham que me engano,
engano não
de outra forma entraremos pelo cano:
o IOF é um enorme senão...

Acompanhemos pois o sururu,
há que se ficar atento
pois toda hora é momento
de resolver a confusão!

Na 'democracia aliada ao mérito'
já disse o governador Cristóvam,
pode estar uma nova forma de governar
e também a solução...

E agora abram alas: é 2008, iniciam-se novos acontecimentos!

Brasília - 10/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 09:31 1 Comentários

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Balada para a Mãe Terra - Nº 9




Sinto uma pena tão grande do povo iraquiano...
não perdeu a noção da paz e a deseja e ufana.
Não conseguiu extinguir a vergonha humana
de conviver com pessoas ardilosas e vis.

Falta-nos a cerviz,
compreender e ajudar,
evitar tanto mal...

Sinto um dó do Afeganistão
país tão carente de amor,
ô meu Deus, que povo sofredor!
eternamente em lutas tribais, choram seus ais!

Falta-nos a cerviz,
compreender e ajudar,
evitar tanto mal...

Sinto um horror ao presenciar a guerra urbana
no Rio...transformou-se em lugar infernal?
Imperial cidade, histórias de um país,
belezas insanas, cidade profana?

Falta-nos a cerviz,
compreender e ajudar,
evitar tanto mal...

II

Oprimidos e opressores
e num raciocínio rápido
superficial e medíocre
o que estamos fazendo para evitar os horrores?

Falta-nos a cerviz,
compreender e ajudar,
evitar tanto mal...

Palavras! Tão banais! Às vezes tão anti-sociais!
Onde a capacidade humana de servir de fato?
Onde as atitudes em busca das virtudes?
Como derrubar velhos poderes? Instituir honestidade?

Falta-nos a cerviz,
compreender e ajudar,
evitar tanto mal...

Pobre do povo que não conhece sua força
e por ignorância não ouve
o murmurar inefável das rezas
pedindo clemência, extinção da violência!

Falta-nos a cerviz,
compreender e ajudar,
evitar tanto mal...

Infeliz de quem pretende a paz construída com a guerra!
Quem não utiliza a inteligência para minorar sofrimento;
quem compactua com outros elementos:
vícios, tormentas, infelicidade, desalento!

Falta-nos a cerviz,
compreender e ajudar,
evitar tanto mal...

Estes os sinais do fim do homem;
muitos na contramão do bem;
alguns lutando impertubavelmente
apostando num mundo melhor, além...

Falta-nos a cerviz,
compreender e ajudar,
evitar tanto mal...

Superar os prognósticos do apocalipse 'now'
é estar com Noé, construindo a nau
da boa aventurança, evitar um destino trágico e final
da mãe Terra, nesta nova era!

Brasília - 12/04/2007

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escrito por Margaret Pelicano às 21:40 1 Comentários

Deuses Ardomecidos - Nº 8




Filhos de Deus, deuses por herança,
deveríamos revoar como pássaros,
aos bandos de alegria e bem
ombreando com a sabedoria do animal
que só mata para se defender ou comer;
com a sabedoria do vegetal que dá sombra e alimento...

No entanto,
de momento a momento,
caímos nas próprias armadilhas mentais,
usando de maledicência e injúrias
esquecendo a clemência. E o mal
se aproveita e ecoa em nossa mente seus impropérios...

Adeja no ar as benesses do Criador,
suas falanges do bem, criando e recriando paz,
que tantas vezes ignoramos,
praguejando, reclamando, blasfemando
contra as leis divinas!

Enquanto não resgatarmos em nós mesmos a caridade,
abandonando a leviandade,
a preguiça, o comodismo,
estaremos aqui, lições repetidas a cada encarnação,
aguardando uma evolução que não vem!

Brasília - 17/12/2006

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escrito por Margaret Pelicano às 21:23 0 Comentários

Só Deus em sua Infinita Sabedoria


Subindo a ladeira da agonia,
lá vão meus pecados, ofegantes,
encontrando as maiores dificuldades,
para chegar no topo da rua...

Quando estou quase chegando,
o cérebro rejubila-se com a conquista...
e nova ladeira surge à frente, a mente delirante
agoniza com o percurso infinito, realidade crua!...

Um grito silencioso sai da boca ressequida,
a alma nua, buscando ser ressuscitada
se esvai, querendo amanheceres jubilosos,
menos enfrentamentos, rancores, ais!...

Sei que dedicar-me ao social é pouco
para diminuir o imoral, o que fiz de mal
e nem lembro, não tenho sinal...
tudo está nos arquivos da memória!

Só Deus em sua infinita sabedoria,
compreende e perdoa, coroa-me
com menos problemas, com o saber pensar;
deu-me intelecto para poder vicejar...

Se houve merecimento, não sei,
devo ter sido má, rainha ou rei,
lutado na cruzadas, usado muito a espada!
E hoje se me depara a ladeira da agonia!

Difícil de subir, atropelos para ultrapassar,
Só minha grande vontade, meu senso de justiça,
e Deus de pura bondade
poderá, um dia, me libertar!

Brasília - 07/08/2007

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escrito por Margaret Pelicano às 21:18 0 Comentários

Voz de Minh'Alma - Nº 6



Voz de minha alma
dê-me a sabedoria dos anjos,
o farto conhecimento humano,
a bondade dos Mestres evoluídos...

Voz Perfeita, não me deixe cair em tentação,
faça-me aprender com os fracassos,
dos erros tirar a lição,
com os amigos caminhar em Sua direção,

Com a família, registrar os laços de união,
com os olhos aprender a ver e sentir
as dores, as aflições
de quem vem em minha direção;

Que eu não queira voltar para os Seus braços/abrigo
antes do tempo determinado por Você,
pois sendo a Luz do eterno momento
Voz de minh'alma, esteja a me proteger...

Brasília - 26/08/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 21:11 1 Comentários

Dueto com Marcial Salaverry - nº 5


MORALIDADE, JUSTIÇA, MISERICÓRDIA e FÉ
Margaret Pelicano

Moralidade, Justiça, Misericórdia e Fé
os quatro raios usados por Jesus,
meticuloso nos seus cuidados,
acabaram levando o Cristo à Cruz...

Ele esqueceu as cotidianas trivialidades
conscientizou os homens sobre a transcendência,
criticou a hipocrisia e a desonestidade
e valorizou a modéstia, a sinceridade e as conseqüências!

Mostrou que para falar com Deus
precisava estar envolvido o coração
viria então de dentro a mais linda devoção!
A boa nova da chegada do Reino,
tinha de evoluir calmamente,
como na terra é o crescimento da semente!

A confiança no poder de Deus por ele mediado,
é a fé na compaixão!
Ele é o modelo de modéstia e discrição!
Não gostava de publicidade e dispensava a gratidão,
Eis então o Cristo amado, puro e idolatrado!
Tolerante com a nossa ignorância dizia:
- Vá e não peques mais!
Vejam que ironia,
é o que o homem mais faz...
No entanto, ele é o nosso 'amigão'
e não se cansa de nos dar perdão!

Minha homenagem a Marcial Salaverry, que Chama Cristo Jesus de AMIGÃO

Brasília - 19/11/2007

AMIGÃO, OLHE ESSES HOMENS INCONSCIENTES
Marcial Salaverry

Amigão, esse pessoal abusado,
já nos está deixando cansados...
Parece que esqueceram
tudo o que Você ensinou,
tudo aquilo que Você pregou...
Chega a causar espanto,
e trazer muito desencanto,
ver a absurda maneira,
cheia de besteira,
com que os homens conduzem
os destinos do mundo.
É incrível o que eles fazem,
levando a humanidade ao fundo.
Amigão, isso é algo que entender não consigo,
e quero falar consigo,
para dar nisso um jeito,
com seu jeitinho perfeito...
À raça humana falta consciência,
e o que sobra é violência.
Não dá prá entender
como gostam de sofrer.
A cada guerra,
mais a humanidade se enterra.
A violência urbana nos faz
desistir de um dia viver em paz.
Quando vemos nossa infância,
vivendo nessa dura ânsia,
sofrendo tanta violência,
sem que os homens tenham consciência
do triste caminho que estão trilhando,
vamos desanimando,
e simplesmente desistindo
de continuar existindo,
e de esperar que a humanidade seja ainda capaz
de pelo menos pensar em Paz...
Crianças forçadas a trabalhar
quando ainda em idade de brincar...
Meninas seu corpo vendendo,
sua pureza aos vícios cedendo,
para as drogas empurradas,
e terminando viciadas,
porque são forçadas pela dureza da vida,
a entrar por essa senda perdida...
E nada se faz para tanta vilania acabar...
O que querem, é apenas se aproveitar...
Viver assim, é triste realidade,
de quem apenas deseja um pouco de felicidade...
Meu querido Amigão,
faço uma sugestão...
Que tal tudo acabar,
e depois recomeçar?
Mas, querido Amigão,
por favor use barro de melhor qualidade...

Marcial Salaverry

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escrito por Margaret Pelicano às 21:07 0 Comentários

Ele é JESUS - nº 4


Torna à carne!
Passa por adaptações
que correspondam à menor dimensão,
impõe aos homens cruéis
sua vida, seu espírito,
tornando-se humilimamente
o melhor irmão...

Desce dos páramos tranquilos,
regiões celestinas, angelicais,
para em peregrinação constante
acalmar os ânimos,
curar sem medidas,
proteger os animais,
ensinar preces musicais...

Verte sangue,
chora as dores que vai suar,
ensina em linguagem simples,
aos mais comuns do lugar...
Ele é Jesus, o mentor dos mentores
do bem, a bússula ao navegante,
mestre, médico, consolador,
amigo do adulto e do infante..

Diz ao Pai que não sabemos o que fazemos,
nós pensamos como Ele, em todos os ais,
ignorantes não mais queremos
a este Planeta retornar iguais!

E como O Mestre retornamos à carne
quantas vezes necessitar
pena repetirmos os mesmos erros
os mesmos amores
até que em sonhos
ele venha nos resgatar...

Em cada vida continuamos,
trôpegos a carregar nossa cruz,
repetindo lições, agonias,
por que o egoísmo torpe
nos impede de ver a luz!

Brasília - 09/01/2008

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escrito por Margaret Pelicano às 21:02 0 Comentários

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Verdade e Espiritualidade - Crônica


VERDADE E ESPIRITUALIDADE

Até quando os velhos e os aleijados ficarão depositados nos sinaleiros das cidades grandes, esmolando o alimento a que tem direito, causando-me uma dor secreta, que no peito explode em repugnância não sei se pela sujeira a que estão sujeitos, ou pelo descaso humano?

Enquanto juízes no Acre aumentam ilicitamente seus proventos, a pobreza grassa no meu país, aumentando a ignorância, tornando as verdades esquecidas e a futilidade se espalhando diminuindo nossa alegria. Estas que são sensações sérias e devem fazer parte da existência por serem a contrapartida da tristeza, como reza um calendário budista: Não é que a Luz tivesse chegado agora! Eu simplesmente ainda não a percebera.

Dado o problema, onde encontrar as soluções para a grandeza espiritual de todos, se as oligarquias ambulantes são hereditárias
e suas doenças crônicas?

Parece-me que a opinião pública há tempos adormecida, se acomodou, o CNJ virou polícia em busca dos incautos que só pensam em si próprios, a população emudecida, cansou.

Kensho Sagisawa - 1948, dizia: Vã será a vida sem o encontro com o meu eu verdadeiro.
E eu o reverencio com uma frase de Akioshi Takagi - 1922: "O calor do Nome Sagrado se transmite nas mãos unidas em reverência".

Nada será bom, se de nós não nascer o espírito humano verdadeiro, humildade, amor sincero e a capacidade de transcender e ser um bom tijolo na mão do verdadeiro Oleiro.

Brasília - DF - 2007

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escrito por Margaret Pelicano às 12:18 0 Comentários

O Que Eu Quero


Eu quero dominar o animal dentro de mim,
desenvolver meu espírito a ponto de não mais gritar,
sorrir com encantamento,
meu olhar divagar
na obra máxima da criação,
e ser o sim...

Evitar o não, compadecer-me do outro
ser metal pesado,
ir ao fundo da bateia como o ouro,
que brilha no barro que se escoa,
ser mais gente, menos animal, enfim...

Quero que todos os dias sejam início de um novo ano
não quero nunca ser aquela que 'dá o cano'
quero crescer em espírito, meu Deus...

E como é difícil! O animal aqui dentro ruge alto!
Se o acaricio ele me morde!
Se o esbofeteio, ele foge!...Se esconde! ...
Caminhamos lado a lado,
ora amorosamente, ora em duelos mortais,

e assim, vamos nos burilando, nos banhando em sais...
Criando melhores metas,
melhorando nossos ideais!

Brasília - 04/01/2008 Baseado em temática da poeta e afilhada: Guilhermina

Este e outros poemas desta poetisa estão disponíveis para a leitura no PORTAL A ERA DO ESPÍRITO
http://aeradoespirito.sites.uol.com.br/

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Margaret Pelicano

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escrito por Margaret Pelicano às 12:10 0 Comentários

Conviver com o Passado



Na noite em que meu pai faleceu, creio que na hora do corte do cordão prateado que ligava seu espírito ao corpo, ele na UTI, eu e a família em casa aguardando notícias, sonhei que entrava com ele numa cidade espiritual. Havia muito sol, muita claridade, ruas pavimentadas, urbanização perfeita, arbustos cobertos por flores.Eu o ajudava a entrar, ele sorria e estava feliz.

Não percebi nenhum resquício de medo nele. A imagem está congelada em minha mente até hoje.Sofremos muito com a partida dele. Nunca estamos preparados para as perdas. Nunca havíamos perdido ninguém tão próximo, graças a Deus.

Hoje, passados cinco anos do falecimento dele, ainda parece que o fato aconteceu agora. Sinto imensa saudade do meu pai. Percebo que muitos ensinamentos que eu repudiava, são necessários e verdadeiros até hoje. Mesmo tardiamente aprendo, em tempo, com as frases dele.

Nossa família maior também foi ficando pequena. Aí começamos a acordar para os valores essenciais da vida, percebemos que alguns desentendimentos aconteceram por motivos tão fúteis e por causa deles, deixamos de viver muitos momentos de alegrias.Hoje não temos mais tempo a perder. Aliás nunca temos. Temos tempo a ganhar e procuramos estar sempre juntos, sempre que possível. Procuramos não ouvir besteiras ditas ao acaso. Esforçamo-nos para perdoar mais.

Há dias em que bate uma saudade imensa, corro para as fotos e choro. Noutros dias, os momentos estão aqui dentro de minha cabeça mesmo, esta, uma bela máquina fotográfica.Tenho hábito de caminhar com nossos dois Yorkshires, e vou rezando e agradecendo a Deus por tantas bênçãos que Ele tem nos dado, hábito adquirido pela filosofia Seicho-no-iê. Agradeço por tudo, por todas as coisas dos Céus e da Terra, e, volto para casa mais conformada, querendo acreditar piamente que o mundo espiritual existe para que possa encontrar de novo alguns bem amados familiares e amigos. Há pessoas que gostaria muito, muito de encontrar: D.Roxa, mãe de D.Janoca. Ambas se foram e como foram amigas, como me aconselharam, como estiveram presentes nos momentos delicados ou amargos de minha vida. Ali, ao lado delas, sempre me senti acolhida. Tia Reny, tio Espir, tia Alice, quantas saudades dos nossos Natais, alegres, fartos, iluminados. Quanta paciência, hem, tia Reny, com a sua casa repleta de convidados. Adorávamos sua casa, por que à frente dela, passavam os congadeiros, de 26 a 30 de Dezembro.

Veja, caro leitor, se não é pra sentir um certo abandono contar a vocês estas histórias. Esta é uma amostrinha bem pequena daqueles que se foram para o mundo espiritual, ou para outras cidades e acabei perdendo o contato. E, não é fácil conviver com tantas lembranças e com o passado, mesmo que o otimismo nos acompanhe, mesmo que estejamos rodeados de flores em lugar perfumado. (Brasília – 13/06/2007
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escrito por Margaret Pelicano às 01:14 6 Comentários

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